Michelle Bowman deve considerar cenários pós-relatório de inflação e emprego: condições de oferta, pressões de preços, aumento da demanda.
Com a preocupação crescente em relação à inflação e à instabilidade do mercado de trabalho, a presidente do banco central americano (Federal Reserve, o Fed), Michelle Bowman, mantém-se atenta aos indicadores econômicos em busca de orientações sobre a política monetária a ser adotada.
Em meio às discussões sobre a possibilidade de aumento da taxa de juros para conter a inflação, a governadora do Fed reafirma seu compromisso em tomar decisões embasadas em dados concretos e análises criteriosas da situação econômica.
A diretora do Fed discute a inflação e a política monetária
A diretora da autoridade monetária fez um discurso na Associação de Banqueiros do Alasca, nesta terça-feira (20). Ela ressaltou a importância de considerar uma variedade de cenários possíveis ao avaliar as decisões sobre a taxa de juros, destacando que a política monetária não segue um curso predefinido. A diretora enfatizou que a inflação ainda é um tanto elevada e que restaurar a estabilidade de preços é crucial para alcançar o máximo de emprego a longo prazo.
A visão de Bowman sobre a inflação e as taxas de juros
A perspectiva básica de Bowman é que a inflação diminuirá ainda mais com a postura atual do Fed em relação às taxas de juros. Ela mencionou que, se os dados continuarem indicando um movimento sustentável em direção à meta de 2% de inflação, será apropriado reduzir gradualmente a taxa. No entanto, a diretora ressaltou a importância de ser paciente e evitar reações exageradas aos dados, a fim de não minar o progresso na redução da inflação.
Riscos de alta para a inflação e as condições econômicas
Bowman também destacou os riscos de alta para a inflação devido à normalização das condições de oferta. Ela observou que quaisquer melhorias adicionais podem não compensar as pressões de preços resultantes do aumento das tensões geopolíticas, dos estímulos fiscais adicionais e do aumento da demanda por moradia devido à imigração.
Desemprego e fatores temporários
Por fim, a diretora do Fed abordou o aumento na taxa de desemprego, atribuindo-o em grande parte a contratações mais fracas e fatores temporários, como demissões temporárias e o impacto do furacão Beryl. Ela ressaltou que o número de trabalhadores afetados pelo mau tempo aumentou significativamente no mês passado, contribuindo para os ganhos de emprego mais fracos em julho.
Fonte: @ Valor Invest Globo