Abradin acusa gestora de provocar quedas em ações; Esh aponta revanchismo e retaliações. Medida cautelar contra danos coletivos e resgate imediato.
A Esh Capital, gestora de fundos, está sendo alvo de uma ação civil pública movida pela Associação Brasileira de Investidores (Abradin) contra o empresário Vladimir Joelsas Timerman.
Ao investigar a atuação da Esh Capital, a Abradin identificou indícios de irregularidades cometidas pela gestora de fundos, evidenciando a necessidade de medidas legais para proteger os investidores. A transparência e a integridade são fundamentais no mercado financeiro, e a Abradin não irá tolerar condutas que coloquem em risco o patrimônio dos investidores, afirmou a associação em comunicado oficial.
Ação civil pública movida contra a gestora de fundos Esh
A entidade aponta a empresa como uma ‘gestora ativista‘, que utiliza as redes sociais para disseminar informações e opiniões visando causar oscilações nos papéis de diversas companhias listadas na Bolsa. A peça cita movimentações atípicas nos papéis de Gafisa, Mobly e Terra Santa, e cobra da Esh o pagamento de mais de R$ 20 milhões por danos coletivos, resultando em danos difusos ao mercado de capitais.
Conflito de interesses entre a gestora de fundos Esh e acionistas minoritários
Os acionistas minoritários da Mobly sofreram prejuízos com a expressiva queda no valor das ações após a divulgação de um artigo Timerman no portal Money Times em julho de 2023. Neste contexto, a Esh é apontada como uma das principais acionistas da companhia, resultando em uma queda superior a 24% no valor das ações. Alberini, sócio da gestora CTM Investimentos, recebeu diversos pedidos de resgate imediato de seus investimentos, que totalizaram quase R$ 20 milhões.
Processo judicial envolvendo Esh e Timerman por injúria e difamação
Alberini ofereceu queixa-crime contra Timerman por prática de injúria e difamação. A partir disso, foi instaurado um inquérito policial, no qual foi deferida uma medida cautelar de suspensão das redes sociais do sócio da Esh, além da proibição de participação em lives e a exclusão de postagens relacionadas a Alberini. As informações divulgadas contribuíram para pedidos de resgate imediato de aproximadamente R$ 20 milhões.
Atuação da gestora de fundos Esh nos casos da Mobly e Terra Santa
A ação também destaca postagens públicas de Timerman na rede social X contra administradores da Terra Santa, evidenciando uma suposta tentativa de forçar os acionistas da empresa a realizarem uma OPA para saída do Novo Mercado da B3. Além disso, a Esh detém uma participação significativa no capital social da Gafisa e enfrenta desafios com o controlador da empresa, Nelson Tanure, e sucessivos aumentos de capital em momentos de oscilações expressivas nos papéis da empresa.
Posicionamento da Esh diante da ação movida pela Abradin
A Esh declara que a ação movida pela Abradin faz parte de uma estratégia revanchista e de retaliação, visando eliminar a atuação da gestora e promovida por envolvidos em disputas societárias. A gestora exercerá seus direitos de defesa, confiando na improcedência das acusações. A gestora lamenta que associações usem ações civis públicas para atender interesses individuais e ilegítimos, fomentando preconceitos contra o instrumento de tutela coletiva dos interesses dos investidores.
Fonte: @ Info Money