O desembargador Alberto Lima negou prisão preventiva em caso de organização criminosa, com quebra de sigilo bancário e bloqueio de bens.
O juiz substituto em ação Alberto Jorge Correia de Barros Lima rejeitou, na última quarta-feira (22), o pedido de liberdade para o advogado Frederico Benigno Simões, apontado como cabeça de uma quadrilha que desviou R$ 240 milhões em contratos fraudulentos com 20 prefeituras de Alagoas entre novembro de 2020 e abril de 2023. O advogado em questão enfrenta acusações de peculato, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O causídico acusado ainda terá que aguardar o desenrolar do processo na prisão, segundo decisão do magistrado. A defesa do advogado informou que irá recorrer da decisão e reforçou a inocência de seu cliente diante das acusações. A justiça segue atenta aos desdobramentos do caso, que promete ser longo e complexo.
Advogado: Argumentos da Defesa e Decisão Judicial
A defesa do réu sustentou que a prisão preventiva era injustificada, uma vez que o juiz não apresentou os elementos necessários para fundamentá-la. No entanto, o desembargador Alfredo Jorge Correia de Barros Lima enfatizou que nos autos do processo havia uma extensa documentação, incluindo quebra de sigilo bancário e telefônico, que embasavam a determinação.
Novas Prisões e Medidas Judiciais
Além do causídico Frederico Simões, a Operação Maligno resultou na detenção da esposa dele, Hianne Maria da Costa Pinto, e de mais três indivíduos. O tribunal ordenou o bloqueio e confisco de ativos dos acusados no montante de R$ 46 milhões, incluindo um veículo porsche adquirido do ex-jogador da Seleção Brasileira de Futebol e do Barcelona, Daniel Alves.
Diferentemente de seu esposo, Hianne cumprirá sua pena em regime de prisão domiciliar. O desembargador de plantão João Luiz Azevedo Lessa, da Justiça alagoana, justificou que ela precisava cuidar de seu filho pequeno. Apesar disso, ressaltou que a prisão domiciliar não equivale à liberdade provisória, sendo uma forma de restrição de liberdade.
Desdobramentos da Operação Maligno
A ação policial executou cinco ordens de prisão, uma em Maceió, três em Petrolina (PE) e outra em Japaratinga (AL). Os oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas mesmas localidades. Fred e Hianne administravam uma organização de fachada em Maceió, que oferecia serviços públicos como coleta de resíduos, limpeza de vias públicas e contratação de diversos profissionais, incluindo coveiros, motoristas, vigias, garis, veterinários, entre outros.
Fonte: @portalg1
Fonte: © Direto News