Primeiro-ministro japonês visita Brasil: energeta transição, Amazônia proteção, Cerrado recuperação, histórica reclamação, etanol participação, neo-industrialização, PAC crescimento, investimentos privados (148 caracteres)
A transição energética, a proteção da Amazônia, a recuperação do Cerrado degradado e o acesso do Brasil ao bilionário mercado japonês de carne bovina e etanol estão entre os temas que serão abordados durante o encontro entre o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acontecerá nesta sexta-feira (3) em Brasília.
A discussão sobre o acesso ao mercado japonês é crucial para a economia brasileira, visando entrar em um dos mercados mais promissores do mundo. Essa oportunidade representa um passo significativo para fortalecer as relações comerciais entre os dois países e impulsionar o setor de exportação nacional.
Brasil busca acesso ao mercado japonês de carne bovina e etanol
O governo brasileiro vê na visita do primeiro-ministro japonês uma oportunidade para fortalecer laços políticos, ambientais e econômicos, incluindo a antiga reivindicação de participar do mercado de carne bovina do Japão. O embaixador Eduardo Paes Saboia ressaltou a importância de buscar maneiras de ingressar no mercado japonês, mencionando o interesse em acessar o mercado japonês de carne bovina e ampliar as exportações de carne suína.
Desde 2005, o Brasil tem tentado sem sucesso entrar no mercado japonês de carne bovina, o qual importa cerca de 70% da carne consumida, representando anualmente de US$ 3 a US$ 4 bilhões. A maior parte dessas importações provém dos Estados Unidos e da Austrália, o que evidencia o desafio que o Brasil enfrenta nesse processo de diversificação de parceiros comerciais.
Desafios e oportunidades na entrada no mercado japonês
O embaixador destacou os avanços sanitários do Brasil, acrescentando que a condição atual é muito superior à de 2005. Com mais de 90 mercados de carne bovina para exportação, o reconhecimento da qualidade e segurança dos produtos brasileiros é fundamental para garantir acesso ao exigente mercado japonês.
Além disso, outra demanda brasileira é a expansão da participação do etanol no Japão. O embaixador Saboia enfatizou a superioridade do etanol brasileiro em termos de eficiência energética em comparação com outros fornecedores, como os Estados Unidos.
Colaboração em transição energética e investimentos
O Brasil também busca apoio japonês para a transição energética e a expansão de investimentos na neoindustrialização brasileira. Com programas como o PAC e a busca por investimentos privados, o país pretende fortalecer sua indústria e infraestrutura.
A visita do primeiro-ministro japonês ao Brasil inclui acordos em diversas áreas, como cibersegurança, ciência e tecnologia, cooperação industrial e ambiental. A assinatura desses acordos abre caminho para parcerias benéficas para ambos os países, impulsionando o desenvolvimento econômico sustentável.
Cooperação para proteção ambiental e desenvolvimento sustentável
Além do foco em comércio e investimentos, o Brasil se posiciona como um parceiro na proteção da Amazônia e na recuperação do Cerrado, buscando alianças que promovam a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável.
A visita do primeiro ministro Kishida marca o início de uma colaboração mais estreita entre Brasil e Japão, explorando oportunidades de cooperação em diversos setores. A expectativa é de que essas parcerias contribuam para fortalecer as relações bilaterais e impulsionar o crescimento econômico de ambos os países.
Fonte: @ Agencia Brasil