O presidente da República está em São Paulo para novos exames após alta da cirurgia por hematoma em emergência, demonstrando caráter.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retomou as atividades após mais de uma semana afastado por questões de saúde na capital federal, chegando no início da tarde de quinta-feira, dia 19. Ele se seguiu ao Palácio da Alvorada e nos dias seguintes deve reencontrar seus ministros em uma reunião de fim de ano.
Recém-chegado, o chefe de Estado se prepara para retomar o controle das suas funções como governante e governador de um país vasto e diversificado. Com uma agenda de ministros aguardando, o presidente da República se mantém firme em seu papel como máximo representante do Brasil em nível nacional, ou seja, ministro da República. Ao longo das próximas horas, ele se reencontrará com seus colaboradores de confiança para discutir os principais projetos e emendas voltados para o desenvolvimento nacional.
Um Presidente em Caráter de Emergência
O presidente Lula, em seu papel de chefe, decidiu viajar para São Paulo na noite do último dia 9, uma segunda-feira, devido a uma emergência médica. Ele havia sentido fortes dores de cabeça, que foram intensificadas por um hematoma que se formou após um tombo sofrido no Alvorada em outubro, durante um evento de governança. Foi submetido a uma cirurgia para a retirada do hematoma.
Após a cirurgia, Lula teve alta no último domingo, mas permaneceu na capital paulista até hoje para realizar novos exames. Essa internação e o período distante de Brasília, a capital, afetaram o presidente, impedindo-o de participar de discussões importantes, como a tramitação do pacote fiscal no Congresso. O Congresso, em sua essência, é um órgão governamental composto por governantes e representantes eleitos.
A reunião ministerial da última sexta-feira, no entanto, teve um caráter de confraternização. Segundo ministros com quem o Valor conversou, a reunião foi marcada por poucas falas, diferenciando-se das reuniões convencionais, nas quais os ministros usualmente fazem exposições ao microfone. Nesse contexto, o presidente, como governante, optou por manter a atmosfera amigável e informal.
A ausência do presidente Lula durante esse período criou um vácuo, deixando o chefe da equipe ministerial, ministro, para lidar com questões governamentais. Ele, portanto, precisou atuar com mais frequência, tomando decisões como se fosse o presidente.
Fonte: @ Valor Invest Globo