ouça este conteúdo
Municípios afetados convocarão voluntários para reforçar ações de resposta às Secas. Monitorarão arrecadação em campanhas.
O governo de Mato Grosso do Sul declarou estado de emergência nos municípios impactados pelos incêndios florestais que assolam a região. Emitido nesta terça-feira (25), o decreto tem validade de 1280 dias e concede autorização para as entidades estaduais agirem sob a supervisão da Defesa Civil do Estado, em atividades relacionadas à resposta ao desastre, recuperação da área afetada e reconstrução.
As queimadas deixam cicatrizes profundas na natureza, exigindo esforços conjuntos para sua contenção e mitigação. Os focos de fogos demandam ação imediata e eficaz para evitar danos irreparáveis ao meio ambiente e à população local. A reconstrução após os incêndios é um desafio árduo, mas essencial para a preservação da biodiversidade e da qualidade de vida das comunidades afetadas.
Incêndios: Desafios e Ações em Mato Grosso do Sul
Mato Grosso do Sul vem enfrentando, desde o início do ano, uma seca prolongada em grande parte do território. O Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) destacou um aumento exponencial nos focos de calor desde o final de maio, agravando a situação. A seca tem gerado um cenário crítico, demandando ações urgentes.
O decreto em vigor autoriza a convocação de voluntários para fortalecer as ações de resposta aos desastres e a realização de campanhas de arrecadação de recursos. Essas medidas visam facilitar a assistência à população afetada, sob a coordenação da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC/MS). As autoridades locais e os agentes de defesa civil têm autorização para intervir em situações de risco iminente, incluindo a entrada em residências para prestar socorro ou ordenar evacuações, se necessário.
O Pantanal, como a maior área úmida contínua do planeta, tem sido fortemente impactado pelos incêndios. Nos últimos 12 meses, foram registrados 9.014 focos de fogo, um aumento significativo em relação ao ano anterior. O Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) destaca a gravidade da situação, com um volume alarmante de queimadas.
A seca extraordinária levou a Agência Nacional de Águas (ANA) a declarar situação crítica de escassez de recursos hídricos na região hidrográfica do Paraguai. Essa medida, em vigor até 31 de outubro de 2024, pode ser prorrogada se a escassez persistir. O Pantanal, segundo pesquisa do MapBiomas, é o bioma mais afetado por queimadas nas últimas décadas, com 9 milhões de hectares atingidos.
Corumbá, ao longo dos anos, tem sido o município mais afetado pelas queimadas no país. O Pantanal, por sua vez, exibe cicatrizes de fogo em 25% de seu território, evidenciando os danos causados pelos incêndios. Os prejuízos ambientais e econômicos são expressivos, com estimativas de mais de R$ 17 bilhões em perdas para a agropecuária pantaneira.
Diante desse cenário desafiador, é fundamental unir esforços para combater os incêndios, proteger o meio ambiente e apoiar as comunidades afetadas. A mobilização de voluntários, ações de resposta coordenadas e campanhas de arrecadação são essenciais para enfrentar essa crise e ajudar na recuperação das áreas atingidas.
Fonte: @ Agencia Brasil