A Comissão Europeia acusa Meta de abuso de posição dominante no mercado de redes sociais, citando práticas comerciais injustas em seu serviço de classificados online. Meta nega a acusação e opta por recorrer.
A META enfrentou uma das maiores penalizações da história, em ₤ 798 milhões de euros, num julgamento pela União Europeia. Essa quantia equivale a cerca de R$ 4,8 bilhões. A Meta foi julgada por práticas anticompetitivas no mercado de publicidade online.
A Meta, que é o detentor de Instagram, WhatsApp e Facebook, enfrenta uma nova dificuldade após ter sido multada pela União Europeia. O impacto dessa decisão pode se refletir na forma como as plataformas de mídia social operam no futuro, sobretudo em termos de publicidade. Isso pode afetar a forma como as pessoas utilizam serviços como Instagram e Facebook para promover seus negócios. Além disso, a Meta pode precisar ajustar suas políticas de privacidade em plataformas como WhatsApp, tendo em vista os esforços de reestruturação.
Meta é condenada a pagar multa de 400 milhões de euros pela Comissão Europeia
A Comissão Europeia, órgão responsável por fiscalizar as empresas do bloco europeu, aplicou uma multa de 400 milhões de euros na Meta, empresa proprietária de serviços como Facebook, Instagram e WhatsApp, por abuso de posição dominante no mercado de redes sociais pessoais. A decisão foi divulgada na quinta-feira (14) e reforça a atuação da Comissão Europeia em questões de concorrência on-line.
A Meta foi acusada de vincular o serviço de anúncios classificados do Facebook Marketplace à rede social pessoal do Facebook, o que resultou na exposição de todos os usuários do Facebook ao Marketplace, independentemente de eles desejarem ou não. De acordo com a Comissão Europeia, essa ação caracteriza um abuso de posição dominante e impõe condições comerciais injustas para outros serviços de classificados online que anunciam em plataformas da Meta.
O órgão de fiscalização destacou que o Facebook Marketplace tem uma vantagem significativa de distribuição que os concorrentes não podem igualar, o que resulta em um mercado desigual e prejudicial à concorrência. A Meta nega as acusações e planeja recorrer à decisão, argumentando que a decisão da Comissão Europeia ignora a realidade do poderoso mercado de anúncios on-line da Europa e que os usuários do Facebook podem escolher se desejam ou não interagir com o Marketplace.
A multa foi definida com base na duração e gravidade da violação, e a Meta é obrigada a pagar o valor total de 400 milhões de euros. Essa decisão é resultado de uma longa história de confrontos entre a Comissão Europeia e a Meta, que inclui a aplicação de leis como a Lei de Serviços Digitais (DSA) e a Lei de Mercados Digitais (DMA).
Além disso, a Meta anunciou recentemente que oferecerá aos usuários de Instagram e Facebook na União Europeia a opção de receber menos anúncios direcionados, além de reduzir as tarifas de assinatura para serviços totalmente livres de publicidade. Essas medidas visam atender às demandas dos consumidores e regular o uso de anúncios on-line.
A decisão da Comissão Europeia reforça a importância da regulamentação do mercado digital e da aplicação de leis e regulamentos para garantir a concorrência justa e a proteção dos consumidores. A Meta deve tomar medidas para corrigir a situação e garantir que seus serviços sejam transparentes e justos para todos os usuários.
Fonte: © G1 – Tecnologia