Integrantes do Movimento organizam Jornada Nacional de Luta em Defesa da Reforma Agrária, com registros em 13 Estados durante o Abril Vermelho.
Os protestos promovidos por membros do MST durante esta semana chamaram a atenção da mídia e da sociedade em geral. Desde segunda-feira, 15, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra tem ocupado cerca de 30 áreas em diferentes regiões do Brasil, de acordo com informações divulgadas pela própria organização. As ocupações se espalham por estados como Paraíba, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Sergipe e diversos outros.
Além das invasões recentes, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra também tem promovido ações de conscientização e manifestações pacíficas em defesa da reforma agrária e dos direitos dos trabalhadores rurais. A luta histórica do MST é reconhecida por sua importância na busca por justiça social e igualdade no campo, inspirando diversas outras organizações e movimentos sociais em todo o país.
Desenvolvimentos da Jornada Nacional de Luta do MST
Os recentes atos realizados por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fazem parte da Jornada Nacional de Luta em Defesa da Reforma Agrária, que acontece nesse período especial conhecido como Abril Vermelho, uma lembrança triste do massacre de Eldorado dos Carajás, em 17 de abril de 1996. Este evento trágico marcou a história do movimento, quando 21 trabalhadores rurais ligados ao MST foram brutalmente assassinados pela Polícia Militar.
O MST tem reivindicado áreas que considera improdutivas para fins de assentamento e reforma agrária. Com registros em 13 Estados e no Distrito Federal, o movimento informa que atualmente há cerca de 60 ações em andamento, envolvendo invasões, acampamentos, assembleias e mobilizações. Mais de 30 mil famílias estão mobilizadas nos atos em busca de justiça e igualdade.
Na Paraíba, cerca de 100 famílias do MST ocuparam uma área de 500 hectares pertencente à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Patos. O movimento argumenta que a terra é pública, improdutiva e deve cumprir sua função social. A demanda por áreas para assentamento é uma luta constante do MST, que busca garantir melhores condições de vida para as famílias rurais.
Em Tupanciretã, no Rio Grande do Sul, aproximadamente 300 famílias do MST estabeleceram um novo acampamento na área do assentamento Santa Rosa. Essa ação demonstra a determinação e a resistência dos integrantes do MST em sua luta por justiça social e reforma agrária. A presença do movimento em diferentes regiões do país destaca a importância da questão da terra e da distribuição de renda no Brasil.
Diante das crescentes mobilizações durante o ‘Abril Vermelho’, o governo federal lançou o Programa Terra para Gente, visando acelerar o processo de assentamento de famílias pelo país. Com a meta de incluir 295 mil famílias no Programa Nacional de Reforma Agrária até 2026, o programa busca regularizar lotes de assentamentos existentes e proporcionar melhores condições de vida para a população rural.
No entanto, o MST alega que as ações governamentais ainda são insuficientes diante da realidade de mais de 70 mil famílias que vivem em acampamentos à espera de uma solução para a questão fundiária no Brasil. A luta persiste, e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra segue firme em sua missão de garantir o direito à terra e à dignidade para todos os brasileiros.
Fonte: @ Exame