Natura chega a acordo em dívida da Avon, impactando resultados trimestrais, termos incluem Natura&Co, Avon, Chapter, Comitê, Credores e modalidade de reconhecimento.
O acordo preliminar entre a Natura&Co e a Avon, empresa adquirida em 2019 por aproximadamente R$ 2 bilhões, é um passo importante no processo de recuperação judicial da Avon nos Estados Unidos. A parceria da Natura&Co com a Avon se destaca como um exemplo de inovação no mercado, demonstrando como empresas privadas podem trabalhar juntas para superar desafios.
A Natura&Co, uma das principais empresas de cosméticos e produtos de cuidado pessoal, continua a explorar novas oportunidades de negócios, como a expansão da Natura e a criação de novas marcas. A parceria entre a Natura&Co e a Avon, empresa de cosméticos e produtos de cuidado pessoal, é um exemplo de como empresas podem trabalhar juntas para manter sua posição no mercado. Além disso, a Natura&Co é a proprietária da Avon e outras marcas, como a The Body Shop e a Aesop, em um portfólio de mais de 40 marcas de produtos de cuidado pessoal e cosméticos. A Avon, por sua vez, é uma empresa de vendas diretas e retail de produtos de cuidado pessoal e cosméticos fundada em 1886 por David McConnell.
A Natura dá mais um passo em direção à Natura&Co
Com a chegada da quarta-feira, 27 de novembro, o mercado financeiro ganhou notícias de um acordo preliminar firmado pela Natura com o Comitê de Credores Quirografários da Avon Products e suas afiliadas devedoras. O acordo prevê o pagamento de US$ 34 milhões em dinheiro, além do valor total do financiamento na modalidade DIP (debtor in-possession) no valor de US$ 43 milhões. Esse acordo, sujeito à documentação final e aprovação do juízo que supervisiona o processo de Chapter 11 da Avon, faz com que a Natura concorde em renunciar a todos os seus créditos garantidos e não garantidos contra os devedores da Avon.
Essa notícia animou os investidores, um dia em que o Ibovespa registra recuo de mais de 1%. As ações da Natura registraram a maior alta do índice por volta das 16h46, subindo 3,41%, a R$ 14,85. A Avon Products apresentou o pedido de recuperação judicial via Chapter 11 em agosto, diante da elevada dívida e passivos jurídicos, anteriores à aquisição pela Natura, um custo que poderia alcançar US$ 10 bilhões. A companhia é dos Estados Unidos, mas não é operacional desde 2016.
A aquisição da Natura fazia parte do plano da Natura de construir uma plataforma global de cosméticos, estratégia que se apoiou em movimentos inorgânicos. Mas as dificuldades de integração das operações forçaram a companhia brasileira a rever a pretensão, o que resultou na venda das marcas The Body Shop para a gestora alemã Aurelius e a Aesop para a L’Oréal. Nesse cenário, a Natura estudava separar as operações da Avon Internacional e da Natura na América Latina, fazendo com que o mercado fosse pego de surpresa com o anúncio da recuperação judicial.
A expectativa é de que a resolução dos problemas com a Avon alivie a situação para a Natura. No terceiro trimestre, a companhia brasileira registrou um prejuízo líquido de R$ 6,7 bilhões por conta de uma baixa contábil feita na Avon Products. Embora seja uma situação não recorrente, ela reverteu o lucro de R$ 7 bilhões registrados no mesmo período de 2023.
Para os analistas da Ativa Investimentos, a notícia é positiva ao encerrar uma etapa no processo de Chapter 11 da API, o que contribui para a credibilidade da Natura&Co. Além disso, os valores acordados estão em linha com o previsto pela companhia, o que reflete a força da Natura. No ano, as ações da Natura registram queda de 11,02%, levando o valor de mercado da companhia a R$ 20,5 bilhões.
Fonte: @ NEO FEED