Estudo avaliou relação entre níveis de atividade física e risco de AVC isquêmico e hemorrágico. Maior atividade física no lazer reduziu o risco.
Realizar atividades leves diárias, como brincar com animais de estimação, lavar louça e até mesmo dançar, são maneiras simples de evitar um possível derrame. O estudo apontou que a prática de apenas 30 minutos por dia de exercícios de baixa intensidade pode prevenir o derrame em adultos.
Além disso, a pesquisa ressaltou a importância de manter hábitos saudáveis para diminuir as chances de um acidente vascular cerebral (AVC), como uma alimentação balanceada e evitar o tabagismo. Cuidar da saúde mental também é fundamental para a prevenção do derrame, pois o estresse pode aumentar o risco da doença de forma significativa.
Importância da Atividade Física na Prevenção de Derrames
A descoberta está alinhada com as diretrizes da OMS (Organização Mundial da Saúde) que indica que praticar alguma atividade física, por menor que seja, é melhor para a saúde do que manter um comportamento sedentário. O estudo, publicado no BMJ Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, foi realizado a partir de uma meta-análise de 15 artigos sobre ‘atividade física no lazer‘, um termo genérico para qualquer atividade física.
Com isso, foram incluídas atividades como jardinagem, caminhada, ciclismo e levantamento de peso.
De acordo com os pesquisadores, quem praticava uma atividade física qualquer, independente da intensidade, tinha um risco de 10% a 30% menor de sofrer um AVC (acidente vascular cerebral) em comparação com pessoas que não praticavam qualquer atividade. O estudo também analisou os resultados para os diferentes tipos de AVC (isquêmico ou hemorrágico).
Para o primeiro tipo, os pesquisadores descobriram que as pessoas que realizaram baixos níveis de atividade física tiveram uma redução de 13% no risco de ter um derrame. Já para o AVC hemorrágico, o risco foi 16% menor. O tipo isquêmico, mais comum, é caracterizado por uma obstrução de um vaso sanguíneo, dificultando o fluxo de sangue para o cérebro.
Já o AVC hemorrágico, menos comum, ocorre quando um vaso sanguíneo se rompe e começa a sangrar no cérebro. Os 15 estudos analisados pelos pesquisadores incluíram mais de 750 mil participantes, acompanhados por um tempo médio de 10 anos.
Cada estudo usou classificações diferentes para o nível de atividade física realizada, que variaram desde ‘nenhuma’, passando por ‘moderada’, e chegando até ‘ideal’ ou ‘intensa’. Níveis mais altos de atividade física estavam relacionados a um risco ainda mais reduzido de AVC.
De acordo com a análise, os participantes que realizavam atividade física moderada reduziram o risco de ter derrame em 33%. No entanto, o estudo descobriu que níveis ‘intensos’ de atividade física não pareciam reduzir tanto o risco de AVC em comparação com o nível ‘moderado’.
Em dois dos estudos analisados, a atividade física intensa reduziu em apenas 2% o risco de derrame, em comparação com quem praticava nenhuma atividade física. A OMS recomenda que sejam feitos, pelo menos, 150 a 300 minutos de atividade física moderada ou intensa por semana, para adultos, além de uma média de 60 minutos de atividade física aeróbica moderada por dia para crianças e adolescentes. O sedentarismo está associado a um risco aumentado de doenças cardiovasculares, obesidade e problemas musculares, podendo afetar a qualidade de vida de adultos, crianças e adolescentes.
Benefícios da Atividade Física na Prevenção de Derrames
A prática de atividade física regular demonstrou ter impactos positivos significativos na redução do risco de derrames, também conhecidos como AVC (acidente vascular cerebral). Pesquisadores encontraram que indivíduos que se envolvem em atividades físicas, mesmo que em níveis moderados, apresentam uma menor probabilidade de desenvolver eventos cerebrovasculares.
Tipos específicos de AVC, como o isquêmico e o hemorrágico, foram igualmente beneficiados com a prática regular de exercícios. O AVC isquêmico, caracterizado por obstruções nos vasos sanguíneos, foi 13% menos comum em pessoas que mantinham baixos níveis de atividade física. Já o AVC hemorrágico, resultante de rupturas nos vasos, teve uma redução de risco de 16% entre os participantes ativos.
Os estudos analisados contaram com uma amostra significativa de mais de 750 mil pessoas, cujos hábitos de atividade física foram acompanhados ao longo de uma década. Os resultados demonstram claramente uma relação entre os níveis de atividade física e a incidência de derrames, favorecendo aqueles que se mantêm ativos.
Fonte: © CNN Brasil