Documentário inspirado no Rei do Cangaço, produção independente, no Cine Belas Artes, SP, revela grandes inimigos e bandidos sociais, domingo.
Lampião, conhecido como o Rei do Cangaço, deixou sua marca na história do nordeste brasileiro com suas ações ousadas e seu estilo único. O documentário ‘Acordo com Lampião? Só na boca do fuzil!’ explora a vida e os feitos desse personagem lendário, trazendo à tona os seus desafios e conquistas em meio a um cenário de muita violência e coragem.
Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião, foi um líder temido e respeitado, cuja coragem e determinação o tornaram uma figura icônica no sertão. Sua trajetória é repleta de reviravoltas e mistérios, que serão revelados nesse emocionante documentário. Lampião desafiou as autoridades e se tornou uma lenda viva, marcando para sempre a história do cangaço no Brasil. Sua ousadia e habilidade estratégica o transformaram em um verdadeiro mito.
O Documentário sobre os Grandes Inimigos de Lampião
A produção independente, um documentário, busca inspiração no livro ‘Os homens que mataram o facínora – a história dos grandes inimigos de Lampião (Realejo, 2021)’, escrito por Moacir Assunção, jornalista, historiador e roteirista do filme. A narrativa gira em torno dos nazarenos, moradores da Vila de Nazaré do Pico, no sertão pernambucano, que se tornaram notórios oponentes do Rei do Cangaço, Lampião.
Virgulino Ferreira da Silva, também conhecido como Lampião, é descrito por Assunção como o responsável por estabelecer o crime organizado no Brasil. Os cangaceiros, liderados por Lampião, eram inicialmente vistos como bandidos sociais, mas sua realidade se revelou como a de criminosos, sem a conotação redentora do mito de Robin Hood.
A rivalidade entre Lampião e os nazarenos teve início de forma peculiar, motivada pelo roubo de um simples chocalho em Serra Talhada. A disputa pelo objeto desencadeou uma sucessão de confrontos que perduraram mesmo após a mudança de cenário para a cidade de Nazaré. O filme vai além da fama e mitificação de Lampião, explorando a complexidade histórica e humana por trás do famoso cangaceiro.
A Singularidade de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião
Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião, é uma figura icônica na história do cangaço no Brasil. Sua notoriedade ultrapassou as fronteiras do Nordeste, sendo retratado na literatura, na música e nas artes plásticas como um personagem complexo e controverso.
Moacir Assunção destaca Lampião como o grande expoente do banditismo no país, cuja influência no cenário criminal perdura até os dias atuais. A trajetória de Lampião, desde suas origens humildes até sua ascensão como líder do cangaço, revela um perfil de enfrentamento e ousadia que o tornou um dos personagens mais temidos de sua época.
A relação conflituosa entre Lampião e os nazarenos ilustra a dinâmica de poder e rivalidade que marcou o período do cangaço no sertão nordestino. A disputa por território, prestígio e honra alimentou um ciclo de violência e vingança que culminou em confrontos sangrentos e desdobramentos inesperados.
Os Últimos Dias de Lampião e o Fim do Cangaço
A saga de Lampião, Virgulino Ferreira da Silva, teve um desfecho trágico com sua morte em 1938, seguida pelo falecimento de Corisco, outro cangaceiro emblemático, em 1940. O fim dessas duas figuras marcou o declínio do cangaço como forma de banditismo organizado no sertão nordestino.
Os cangaceiros, reconhecíveis por seus chapéus de couro, armamentos ostensivos e trajes extravagantes, representavam uma faceta obscura da sociedade da época. Lampião, em particular, se destacava não apenas pela sua habilidade tática, mas também pela sua capacidade de manter o mito em torno de sua figura viva, mesmo após sua morte.
A influência cultural de Lampião transcendeu sua vida, inspirando gerações posteriores a retratarem suas aventuras e desventuras em variadas formas de expressão artística. Seu legado, por mais controverso que seja, permanece como um marco na história do Brasil, lembrando-nos de um tempo de bravura, crueldade e complexidade humana.
Fonte: @ Agencia Brasil