Grandes empresas migram para condomínios logísticos em regiões metropolitanas, com foco em relatório de mercado, só 10,8% tem presença física no Flight, enquanto 89,2% optam por Quality, desafiando estratégias tradicionais do last mile.
Em 2024, o mercado de condomínios logísticos no Brasil registrou um aumento significativo, com uma evolução marcante nos indicadores operacionais e financeiros. Isso incluiu uma diminuição na taxa de vacância média, que alcançou um patamar histórico, com cerca de 8% dos empreendimentos disponíveis para locação. Esta tendência reflete uma maior demanda por espaços logísticos, que está diretamente relacionada à crescente necessidade de armazenamento e distribuição de mercadorias.
O setor logístico, em particular, está experimentando um crescimento acentuado, impulsionado por fatores como a expansão do comércio eletrônico e a necessidade de transporte eficiente de mercadorias. Além disso, a diminuição de custos com a logística, graças à implementação de tecnologias inovadoras, também está contribuindo para o aumento da demanda por espaços logísticos. Com isso, os investidores têm encontrado oportunidades lucrativas no setor, o que pode levar a uma maior expansão e diversificação da infraestrutura logística no país.
Desafios Logísticos no Brasil
O crescimento do mercado de logística no Brasil é um sinal de que as empresas estão se adaptando às necessidades da economia em mudança. Segundo um relatório de mercado produzido pela SiiLa em 2023, o setor de transporte e logística registrou um crescimento de 10,8% em metros quadrados em condomínios logísticos de Classe A+, A e B. Este movimento positivo é sintomático de uma tendência mais ampla: a migração das empresas de galpões de rua para condomínios Triple A, como mencionado no relatório de mercado. Este fenômeno é conhecido como Flight to Quality, onde grandes varejistas, farmacêuticas, transportadoras e companhias do comércio eletrônico estão migrando para galpões em condomínios logísticos de alta qualidade, o que lhes permite otimizar suas entregas, especialmente em estratégias last mile.
O aumento do comércio online na última década tem pressionado o mercado logístico a pensar e implementar soluções mais assertivas e adaptáveis. Para 2025, a expectativa é que a busca por empreendimentos classe A siga em alta, levando em conta alguns aspectos de aprimoramento do ponto de vista econômico e de consumo no Brasil. A demanda liderada pelo e-commerce continuar a impulsionar o mercado logístico a encontrar soluções mais eficazes para manter galpões com proximidade aos grandes centros de consumo, incentivando a adesão de estruturas logísticas modulares que permitam realizar ajustes de acordo com a necessidade de cada operação.
A estratégia omnichannel tende a seguir evoluindo, integrando lojas físicas, online e outros canais de distribuição em um único ecossistema. Os condomínios se tornam uma peça-chave para a boa execução desta estratégia, já que são capazes de oferecer galpões que são adaptáveis e que podem atender operações de todos os portes e segmentos. Em 2025, deve crescer a busca e o desenvolvimento de novos hubs logísticos em regiões metropolitanas que concentram número expressivo de consumidores. Cidades fora do eixo Rio-São Paulo, como Fortaleza (CE), São José dos Pinhais (PR), Gravataí (RS), entre outras, serão vetores fundamentais dessa expansão.
A reforma tributária, que determina a tributação realizada no destino e não mais na origem, deve deixar de fazer parte do planejamento logístico das empresas. Além disso, o crescente uso de inteligência artificial tem estimulado empresas do setor a pensarem em soluções tecnológicas e integradoras para o monitoramento de operações. Contar com soluções de tecnologia pode otimizar o armazenamento e movimentação de mercadorias, se prevenindo de riscos que podem impactar e gerar prejuízos ao negócio, reduzindo custos imprevistos e aumentando a eficiência de suas equipes.
Fonte: © Estadão Imóveis