Tecnologia invade a sociedade, mas o consumidor é fundamental, com papel destacado na automação de mercado, navegação de computadores e aplicações, além de adaptação a computadores inteligentes e inteligência artesanal.
Desde que o mundo é mundo, grandes mudanças impactam a sociedade em determinados períodos da história. A agricultura, a invenção da roda, a Idade do Bronze, o período de navegação e de descobrimento dos quatro cantos do planeta, o motor a vapor puxando a Revolução Industrial, a energia elétrica, a Inteligência Artificial. Disrupções que chegaram para mudar o status quo e imprimir um novo ritmo ao mundo.
Assim como a Inteligência Artificial revoluciona a forma como interagimos com a tecnologia, a evolução da inteligência computacional e da aprendizagem de máquina continuam a moldar o futuro. A capacidade de processamento e análise de dados impulsionada pela inteligência artificial está transformando setores inteiros, criando novas oportunidades e desafios em um mundo cada vez mais conectado e automatizado.
A Revolução da Inteligência Artificial na Sociedade Moderna
E parece que estamos às portas de mais um desses momentos cruciais. Se é que já não passamos por eles. A Inteligência Artificial, também conhecida como IA (ou AI, em inglês), que antes era um conceito distante presente apenas nos filmes de ficção científica, agora se tornou parte integrante do nosso dia a dia, tanto no ambiente de trabalho quanto na esfera pessoal, evidenciando que o ‘futuro chegou’ e se tornou realidade.
É claro que a Inteligência Artificial não é uma novidade recente. Ela está presente há muito tempo. Não é por acaso que o renomado matemático britânico Alan Turing concebeu o ‘Teste de Turing’ em 1950, com o intuito de explorar a capacidade das máquinas de ‘pensar’: se um ser humano interage com uma máquina por cinco minutos sem perceber que não é humana, o computador é considerado aprovado no teste.
E se o icônico Hal 9000 do filme ‘2001: Uma Odisseia no Espaço’, de 1968, inicialmente retratado como eficiente e posteriormente como assustador, era visto apenas como um elemento fictício, anos depois estávamos desafiando nossos computadores em partidas de xadrez em nossas próprias casas.
Quem não se recorda da épica partida em 1997, quando o supercomputador Deep Blue, da IBM, derrotou o renomado enxadrista russo Garry Kasparov, então considerado o melhor do mundo? Mas, se a Inteligência Artificial não é algo novo, por que o atual destaque dado a ela? ‘A sociedade sempre foi impactada pela evolução tecnológica e sempre se adaptou a partir dela: desde a invenção da prensa de Guttemberg até o surgimento da internet. E agora não será diferente.
O que merece destaque não é apenas o impacto do avanço tecnológico, mas sim a sua velocidade. A incorporação das novas tecnologias está tão difundida em nosso cotidiano que utilizamos o aprendizado de máquina em nossas atividades diárias sem nem perceber.
O que se pode observar é que a disseminação das tecnologias exponenciais como a Inteligência Artificial e suas APIs, com todas as suas possibilidades inovadoras, está atualmente traçando um novo rumo na história, marcando uma divisão entre o antes e o depois desse avanço tecnológico’, destaca Ulisses Zamboni, chairman e co-fundador da Agência Santa Clara, conselheiro e consultor nas áreas de Marketing e Gestão.
Enquanto a Inteligência Artificial permanecia em certa medida oculta, restrita a determinados contextos e produtos, ao universo cinematográfico e a atividades específicas, o mundo reagia de maneira distinta. À medida que a IA se expandiu e passou a integrar o dia a dia de cada um de nós em diversas áreas e momentos distintos, influenciando nossas rotinas diárias, muitas vezes de forma imperceptível, a situação se transformou. ‘Toda inovação tecnológica precisa estar enraizada em um contexto cultural. Ela deve estar intimamente ligada às necessidades das pessoas.
E a Inteligência Artificial atualmente está. O ChatGPT está alinhado com nossas demandas culturais e é por isso que é eficaz. A IA está obtendo sucesso porque está sintonizada com nossas necessidades e com aquilo que buscamos’, revela o antropólogo Michel Alcoforado, sócio do Grupo Consumoteca.
Para que uma disrupção significativa seja registrada nos anais da história, não basta apenas a chegada de uma novidade em ritmo acelerado. É essencial que a sociedade esteja preparada para tal mudança. E, no final das contas, a Inteligência Artificial está desempenhando um papel fundamental nesse processo de transformação.
Fonte: @ Mercado e Consumo