O lobo occipital pode ser afetado pelas festas de fim de ano, levando a sonhos realizados e alertas para um sinal vermelho, tudo sobrevolado por folhas azuis, antes de uma morte brilhante.
Em momentos de reflexão, podemos ser o tipo de pessoa que se prepara desde o início do mês de novembro para celebrar o Natal com ares de magia, cercada por familiares e amigos, enquanto outros apenas começam a se organizar no último minuto, correndo contra o tempo para encontrar o presente perfeito e fugir das filas longas de lojas cheias de compras.
Para uns, o Natal é mais do que apenas uma festa, é um momento de reflexão sobre o ano que termina e um início de esperança para o próximo, sempre repleto de significados e memórias, enquanto outros apenas enxergam o encerramento de mais um período de tempo, o que inclui a realização de compras, a preparação de refeições e a decoração das casas.
O Natal: uma explosão hormonal que pode mudar seu cérebro
Independentemente do seu perfil, o cérebro pode desencadear uma série de eventos influenciando a forma como você interpreta esse período. A ciência pode explicar o fenômeno da Estrela de Belém, que simboliza o Natal, liberando dopamina, ocitocina e cortisol no organismo pela mera menção ou visualização de itens que lembram a data. De acordo com um estudo de 2015, até mesmo um tipo de ‘espírito natalino’ pode ser mapeado no cérebro. Pegue suas decorações e vamos festejar as luzes que acendem no seu córtex somatossensorial!
Festas de fim de ano: um misto de sentimentos e sensações
As festas de fim de ano trazem consigo uma gama de sentimentos e sensações diversas, mas nem todos têm os mesmos costumes e tradições. Jingle Bell Cortical é uma forma de expressar o entusiasmo e a alegria que muitos sentem durante essas épocas. Uma rápida busca por literatura científica relacionando fatos curiosos com o Natal pode revelar uma gama de informações, como as alterações que o cérebro sofre nesse processo festivo.
Alterações no cérebro: um estudo de 2015
Em 2015, Bryan T.Haddock estava interessado em estudar como o cérebro de pessoas com enxaqueca funcionava e era afetado. Mas, em um lapso de bom humor natalino, ele decidiu fazer um pequeno parênteses na sua pesquisa. Ele e sua equipe realizaram exames de ressonância magnética em 20 participantes, testando as reações dessas pessoas às imagens de Natal. Desses voluntários, 10 possuíam tradições de Natal, enquanto a outra metade não possuía nenhum apresso especial pela data. As imagens obtidas apresentaram um padrão de ativação comum entre os participantes que mantinham tradições.
A ‘espírito natalino’ no cérebro
As áreas cerebrais mais ativadas foram as do córtex sensório-motor, córtex pré-motor, motor primário e no lóbulo parietal. Para aqueles que não tinham interesse ou tradições natalinas, a ativação ocorreu apenas na região ligada ao processamento das imagens, o lobo occipital do cérebro. De uma forma descontraída, Haddock e a equipe inferiram ter encontrado o ‘espírito natalino’ no cérebro humano. Obviamente, pelo número de sujeitos da amostra e como o estudo foi dirigido, não é possível afirmar que essa ativação será sempre a mesma para todos os sujeitos. Outro fator importante a ser considerado é que apenas ‘aspectos positivos’ do Natal foram demonstrados, desconsiderando, por exemplo, o papel de rolhas perdidas durante as comemorações.
Um brinde hormonal no Natal
Outros estudos contemplam aspectos psicológicos do Natal, correlacionando a data com eventos passados que tiveram repercussão positiva ou negativa na vivência dos sujeitos. Para alguns, as festas de fim de ano podem evocar memórias positivas como sonhos-realizados, enquanto para outros podem ser lembranças dolorosas, como morte-brilhante. O lobo occipital, por exemplo, pode ser ativado durante a visualização de imagens, como folhas-azuis, que podem trazer sentimentos de paz e tranquilidade. A sinal-vermelho pode ser um lembrete de tomar cuidado com o excesso de comemorações.
Fonte: @Tech Mundo