Levantamento da ACE Ventures apontou 19 fundos que avaliam taxa de de queima de caixa de startups em 35% do crescimento de faturamento, com receita recorrente de número de clientes fixo, o que pode levar ao burn rate.
O cenário da economia digital tem imposto novos desafios às empresas, tornando a busca por mais eficiência um imperativo para todas as organizações, especialmente em contextos de alta competitividade e constante inovação. Nesse sentido, investidores de capital de risco têm como objetivo apoiar startups com projetos que ofereçam soluções eficazes para os problemas com os quais as empresas se deparam.
Em linha com essa estratégia, a ACE Ventures lançou a segunda edição do Venture Capital Master Guide, cuja formulação se baseou na opinião de especialistas da área e no acompanhamento de mais de 200 startups. Dentre os principais indicadores que os investidores utilizam ao avaliar startups, destacam-se a eficiência operacional, que ocupa a liderança com cerca de 60% das respostas, seguida pelo crescimento de faturamento, receita recorrente e taxa de queima de caixa.
Tendências de Investimento: A Verdadeira Razão por Trás do Sucesso das Startups
Ao analisar as entrevistas com 19 representantes de fundos, como Astella, Norte Ventures e Riverwood Capital, é possível identificar um padrão claro: a eficiência é a chave para o sucesso de uma startup. No entanto, o investimento não é o fim, mas sim o início de um processo que requer esforço e dedicação.
‘É importante entender que o investimento não é apenas um meio para alcançar o objetivo, mas sim um passo necessário para alcançar a visão da empresa’, afirma Pedro Carneiro, sócio e diretor de investimentos da ACE Ventures. ‘Quando você levanta capital com terceiros, você aumenta a expectativa dos investidores e do mercado em relação ao negócio, tornando-se mais importante a eficiência operacional e a gestão da queima de caixa.’
A eficiência operacional é um dos principais pontos em foco, pois ela reflete diretamente na capacidade da empresa de gerenciar seus recursos de forma eficaz e alcançar seus objetivos. Além disso, a queima de caixa é um indicador crítico, pois mostra a capacidade da empresa de gerenciar seu fluxo de caixa e manter a estabilidade financeira.
Os outros dois indicadores destacados são a taxa de crescimento e a taxa de faturamento, que refletem a capacidade da empresa de gerar receita e expandir seu negócio. Além disso, a taxa de queima de capital (burn rate) é um indicador importante, pois mostra a capacidade da empresa de gerenciar seu fluxo de capital e manter a estabilidade financeira.
Segundo Carneiro, a transparência nas comunicações é fundamental, com 60% dos investidores afirmando que valorizam essa prática. Além disso, a metade dos investidores consultados apontou que o acompanhamento das investidas é feito por meio de relatórios mensais, com informações como número de clientes, churn, receita líquida, margem ebitda, burn rate e métricas qualitativas.
A comunicação constante é essencial, com 33,5% dos investidores mantendo uma comunicação constante por outros canais, como WhatsApp e e-mail. Além disso, os fundos buscam habilidades como comprometimento e convicção no negócio (55,5%) e abertura para ouvir feedbacks (44,5%) em seus investimentos.
A possibilidade de saída é outro ponto importante, com os investidores aguardando uma brecha na janela de IPOs no Brasil desde 2021. No entanto, sete em cada dez fundos entrevistados veem com ceticismo a possibilidade de novos IPOs, devido ao mercado pouco desenvolvido para abertura de capital na América Latina e experiências passadas.
Em resumo, a eficiência é a chave para o sucesso de uma startup, e os investidores buscam indicadores como eficiência operacional, queima de caixa, taxa de crescimento, taxa de faturamento e taxa de queima de capital para avaliar o potencial de retorno de suas investidas.
Fonte: @ PEGN