Várzea do Rio Amazonas em Santarém, no Pará, está contaminada com animais em decomposição, alertando para mudanças climáticas e misteriosas mortandades de peixes.
Centenas de peixes morreram de forma misteriosa na comunidade da várzea do Rio Amazonas em Santarém, no Pará. O local, conhecido como Igarapé do Costa, é habitado por pescadores há décadas. Dentre eles, Ednei José Rego da Gama, que tem vivido na área há cerca de 20 anos.
O misterioso desaparecimento de peixes deixou a comunidade surpresa e preocupada com a saúde dos seus peixes e seu ecossistema. Muitos moradores expressaram seu espanto com o evento, demonstrando preocupação com a peixes e todos os outros animais que habitam o local. O peixes está atraindo uma atenção especial por parte dos moradores, que estão apreensivos com o impacto disso na peixes local.
Débiles peixes
Durante o período, Ednei nunca havia presenciado a mortandade de peixes tão intensa como a que ocorreu em novembro.
Peixes em perigo
Ele explica que o local é conhecido por suas peixes, mas agora os ribeirinhos estão enfrentando uma situação difícil. ‘Eu moro nessa comunidade há 20 anos e nunca tinha acontecido essa situação. O que aconteceu agora espanta muito a gente, muito mesmo, porque a gente sobrevive da pesca. Eram de onde nós tirávamos praticamente tudo, mas morreram todos os peixes‘, diz em entrevista ao Terra.
Misteriosas mortes
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Peixes e comunidade
O pescador é presidente do Conselho da Região do Urucurituba, onde está localizada a comunidade do Igarapé do Costa. Ao todo, 71 famílias residem no local. Por isso, ele acompanha de perto o dia a dia dos ribeirinhos que têm a pesca como subsistência.
Mortandade de peixes
‘Meu nome é Ednei Rego, eu nasci aqui, mas passei um tempo em Santarém. Depois voltei, e estou há 20 anos aqui no Igarapé do Costa. A gente trabalha só com peixes, nós não temos outra renda. Nós estamos passando por muita dificuldade, até água está faltando pra gente’, explica.
Peixes e água
Ednei relata que os moradores andam cerca de 3km a 4km para buscar água, já que o rio nas proximidades da comunidade está contaminado com a morte dos animais aquáticos. Além de peixes, há também tracajás, arraias de água doce e jacarés mortos dentro e na beira do rio. ‘A gente fica muito triste por isso, mas a gente tá levando a vida, né?’.
Peixes e auxílio
De acordo com o ribeirinho, o Governo do Estado do Pará enviou equipes para auxiliar os moradores da região, além de ter fornecido cestas básicas para as famílias que vivem da pesca. Ele afirma que tanto a Defesa Civil quanto a Prefeitura de Santarém têm ajudado a comunidade.
Peixes e dúvidas
Mas a dúvida ainda persiste entre os pescadores da região: o que aconteceu na várzea do rio Amazonas? Por que tantos peixes morreram em um curto período? A falta de oxigênio pode ter ocasionado mortes.
Peixes e investigação
Em nota ao Terra, a Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), informou que visitas técnicas na região foram realizadas nos dias 12 e 13 de novembro para verificar o ocorrido. Segundo a Semma, os peixes já estavam em estágio avançado de decomposição. Em 27 de novembro, equipes da secretaria municipal e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) coletaram amostras da água contaminada, para verificar as variáveis de pH, temperatura e oxigênio.
Morte de peixes
De acordo com o relatório técnico da Semma, o pH da água foi de 6,8, abaixo do normal. A temperatura da água foi de 26,6°C, e a atividade de oxigênio foi de 3%. Segundo a Semma, a falta de oxigênio pode ter sido causada pela perda de áreas de várzea devido à inundação da Amazonas.
Fonte: @ Terra