Emprese divulgou resultado do 1º trimestre, com lucro líquido de R$ 19,6 milhões, receita não oncológica de R$ 42,3 milhões, eficiência operacional de 75%, recebíveis de R$ 120 milhões e carteira de clientes de 4.500.
A Oncoclínicas teve um desempenho negativo no mercado brasileiro nesta terça-feira (14), com a divulgação de resultados que decepcionaram os investidores. O lucro líquido da empresa no primeiro trimestre registrou uma queda significativa, ficando em R$ 19,6 milhões, o que representa uma diminuição de 52,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Além disso, as ações da Oncoclínicas sofreram uma desvalorização de 18,1%, chegando a ser negociadas a R$ 5,57. O volume financeiro movimentado foi de R$ 70,4 milhões, um aumento de 173% em comparação com o dia anterior. Essa queda no valor das ações e o impacto no lucro da empresa refletem a instabilidade do mercado financeiro atual e a importância de estratégias sólidas para garantir um recebimento seguro, inclusive por meio de cartão de crédito.
Lucro e Receita da Oncoclínicas: Desafios e Oportunidades
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) registrou uma queda de 12,8%, totalizando R$ 254,4 milhões. Enquanto isso, a receita apresentou um aumento proporcional de 12,8%, atingindo R$ 1,5 bilhão. Esses números levaram o Banco Safra a ajustar sua recomendação sobre as ações da Oncoclínicas, passando de compra para neutra, e reduzir o preço-alvo de R$ 16,50 para R$ 7,50.
Tanto a receita quanto o Ebitda ficaram aquém das expectativas do Safra, ao passo que as despesas e provisões para devedores duvidosos tiveram um aumento, resultando em uma margem mais fraca. Analistas apontam que problemas pontuais, como um mix menos diversificado de receitas não oncológicas e iniciativas para melhorar a eficiência operacional, impactaram o desempenho do trimestre.
O destaque negativo do trimestre, segundo o Goldman Sachs, foi o consumo de caixa de R$ 720 milhões, acima da projeção de R$ 430 milhões. Isso, somado ao aumento significativo da dívida líquida e à dinâmica fraca de recebíveis, levantou preocupações sobre a alavancagem da empresa, enquanto o crescimento da receita desacelera.
O Citi também apontou para o aumento da alavancagem da companhia, atribuindo-o às estimativas de uma considerável queima recorrente de fluxo de caixa de R$ 433 milhões, devido a desafios contínuos relacionados ao capital de giro. Desafios do trimestre, como receita abaixo da média em março e instabilidade nas contas a receber devido à migração de uma grande carteira de clientes, devem se dissipar no futuro, de acordo com o Citi.
Apesar disso, a combinação de desaceleração do crescimento e enfraquecimento das margens pode continuar a impactar a empresa por um período prolongado. Acompanhe todos os detalhes sobre os balanços e indicadores financeiros da Oncoclínicas, bem como as últimas notícias sobre a empresa, no Valor Empresas 360.
Fonte: @ Valor Invest Globo