Projeto de legalizar o casamento civil no país cristão-ortodoxo recebe maioria confortável, mas impede casais homossexuais de terem filhos por barriga de aluguel.
O parlamento português realizará uma votação histórica nesta semana para oficializar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Portugal, conhecido por sua rica tradição cultural, pode em breve passar a reconhecer legalmente a união entre casais homoafetivos. A expectativa é de que a medida seja aprovada com ampla maioria, refletindo o apoio da população à igualdade de direitos.
Assim como em diversos países ao redor do mundo, a legalização do casamento gay em Portugal representa um avanço significativo na luta pela inclusão e respeito à diversidade. A união homoafetiva é um direito fundamental que deve ser assegurado a todos os cidadãos, independentemente de sua orientação sexual. A sociedade portuguesa caminha rumo a uma maior igualdade e tolerância, promovendo um ambiente mais acolhedor e justo para todos.
Ampliando o debate sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo
O projeto de lei que está em discussão no Parlamento grego, elaborado pelo governo de centro-direita do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, tem gerado bastante polêmica. Apesar disso, é importante observar que o apoio de quatro partidos de esquerda, incluindo o principal partido da oposição, Syriza, pode garantir uma maioria confortável para a aprovação da lei, quando a votação começar.
Espera-se que alguns parlamentares de esquerda se abstenham ou votem contra a reforma, mas não o suficiente para anular o projeto. Enquanto isso, partidos de extrema-direita e o Partido Comunista de inspiração soviética já manifestaram sua oposição à proposta, rejeitando-a explicitamente.
Durante a abertura do debate, o Ministro de Estado Akis Skertsos argumentou que a maioria dos gregos já aceita a ideia de casamento gay e união homoafetiva. Ele ressaltou que a sociedade está em constante evolução e as mudanças não dependem exclusivamente do parlamento.
O projeto de lei não se limita apenas ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas também visa autorizar que os parceiros tenham filhos. No entanto, a proposta impede que casais homossexuais recorram a barrigas de aluguel para se tornarem pais, o que tem gerado debates acalorados.
A parlamentar Maria Syrengela, representante do partido Nova Democracia, defende que a reforma é necessária para corrigir uma injustiça de longa data para os casais do mesmo sexo e seus filhos. Enquanto isso, pesquisas de opinião indicam que a maioria dos gregos apoia o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas rejeita a extensão da paternidade por meio de barrigas de aluguel a casais do sexo masculino.
Reações da sociedade e da Igreja
A principal oposição ao novo projeto de lei vem da tradicionalista Igreja da Grécia, que afirma que a proposta pode ferir os valores das famílias tradicionais. O Arcebispo Ieronymos, chefe da Igreja Ortodoxa da Grécia, chegou a sugerir que a votação fosse realizada por chamada nominal, para que cada parlamentar seja identificado pelo seu voto.
Apoiadores da Igreja e organizações conservadoras têm realizado pequenos protestos em protesto contra a lei proposta, enquanto membros de grupos de extrema-direita convocaram uma manifestação em frente ao parlamento. A diversidade de opiniões e a intensidade do debate refletem a complexidade da questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo em um país cristão-ortodoxo como a Grécia.
Fonte: © G1 – Globo Mundo