Reunião da Opep+ em 2 de junho para discutir capacidade produtiva ociosa e entrega prevista.
O petróleo teve uma valorização significativa durante a sessão de terça-feira (28), com a retomada dos negócios após os feriados nos Estados Unidos e no Reino Unido, o mercado voltou a operar em ritmo normal.
A alta do petróleo foi impulsionada pela demanda crescente por óleo bruto, refletindo a retomada da economia global e o aumento da produção industrial em diversos países.
A expectativa em torno da extensão dos cortes de oferta de petróleo pela Opep+ impulsiona os investidores
A expectativa de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) prorroguem o prazo dos cortes de oferta para o segundo semestre do ano está mantendo o interesse dos investidores em alta. Após o atraso causado pelo feriado nos Estados Unidos, o petróleo WTI, referência americana, com entrega programada para julho, registrou um aumento de 2,71%, atingindo US$ 79,83 por barril. Enquanto isso, o Brent, referência global, para o mês de agosto, teve um acréscimo de 1,28%, alcançando US$ 83,94 por barril.
Norbert Rucker, analista do Julius Baer, destaca a importância da Opep+ em estender repetidamente os cortes de oferta como um dos fatores que demonstram a menor sensibilidade do petróleo às tensões geopolíticas recentes, especialmente aquelas relacionadas ao Oriente Médio. O grupo está agendando uma reunião para o dia 2 do próximo mês para deliberar sobre o futuro de sua política de cotas.
Rucker menciona a capacidade produtiva ociosa considerável, a presença de mais parceiros comerciais em potencial, os investimentos da China em infraestrutura petrolífera, o amplo estoque global da commodity e o surgimento de mercados de energia alternativa como os principais motivos para a resiliência do mercado petrolífero.
‘Acreditamos que o mercado de petróleo está demonstrando uma resiliência incomum, talvez a maior em muito tempo, do que geralmente se percebe. Essa resiliência se reflete, em última análise, na atual política petrolífera e na necessidade da Opep+ de manter os cortes de fornecimento por um período muito mais longo do que o inicialmente previsto. Prevemos uma queda nos preços, voltando abaixo de US$ 80 por barril, devido à ampla disponibilidade de suprimentos, ao arrefecimento do sentimento e ao controle dos custos de produção’, destaca Rucker em sua análise.
Fonte: @ Valor Invest Globo