PM Leandro Machado da Silva, envolvido em investigação da Delegacia de Homicídios, está sob procedimento disciplinar da Polícia Militar.
Via @uolnoticias | O suspeito Leandro Machado da Silva, cabo da PM, que está sendo investigado por possível ligação com o homicídio do advogado Rodrigo Marinho Crespo, no Rio de Janeiro, decidiu se apresentar às autoridades.
O que se passou
O indivíduo se dirigiu hoje à Delegacia de Homicídios da cidade.
Além do suspeito principal, outra pessoa teria sido apontada como envolvida no crime, por isso a investigação deve se estender para identificar outros possíveis acusados.
A situação atual
A polícia segue analisando as evidências para esclarecer o caso.
Detalhes sobre o depoimento do suspeito
Conforme informações da Delegacia de Homicídios, Silva está prestando seu depoimento nesse exato momento, colaborando com as investigações em andamento.
Mais cedo, foi efetuada a prisão de Cezar Daniel Mondêgo de Souza também por sua suposta ligação com o crime que resultou na morte do advogado. Crespo foi brutalmente assassinado a tiros no centro da cidade do Rio de Janeiro na semana passada. Souza, até então, desempenhava suas funções como assessor na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) desde o ano de 2019.
O envolvimento de Souza no caso foi tão eloquente que, na última quinta-feira (29), ele acabou sendo exonerado de suas atribuições. A partir dessa decisão, era previsto que Eduardo Sobreira Moraes, outro indivíduo suspeito no incidente, assumisse a posição vaga. No entanto, a portaria referente à substituição foi revogada recentemente, tornando a vaga disponível na Assembleia.
Apesar das tentativas de captura de Eduardo Sobreira Moraes e Leandro Machado da Silva realizadas ontem, o primeiro ainda encontra-se foragido. Informações apuradas indicam que tanto Cezar quanto Eduardo estiveram monitorando a vítima nos dias que antecederam o assassinato. Enquanto isso, Leandro é apontado como o ‘responsável por coordenar toda a dinâmica do crime’.
O UOL está em busca da defesa de Cezar e quaisquer atualizações pertinentes serão prontamente incluídas no texto.
Correlação da PM com o jogo do bicho
Leandro, membro da Polícia Militar, possui vínculos com o jogo do bicho, apesar de ainda não haver confirmação sobre alguma relação direta entre o crime em questão e atividades ilegais.
Ele já havia sido alvo de investigações e prisões relacionadas à sua participação em milícias na região de Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro. Em comunicado oficial, a Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que o agente está sob análise de procedimento administrativo disciplinar, que poderá resultar em sua exclusão da corporação.
Detalhes do crime que chocou o país
No fatídico dia em que o advogado Rodrigo Crespo perdeu a vida, a tarde da última segunda-feira (26), em frente ao seu local de trabalho próximo à OAB-RJ, evidenciou uma cena macabra de execução, conforme relatado pela Delegacia de Homicídios da Capital.
No local do crime foram encontradas nada menos que 11 cápsulas de munição, enquanto nenhum bem pertencente à vítima foi levado. Segundo testemunhas e imagens de monitoramento, Crespo foi atacado por um homem encapuzado que desembarcou de um veículo branco e efetuou os disparos.
Os tiros cessaram somente após a vítima ter caído no chão, revelando a brutalidade do incidente. Crespo, especificamente, atuava em processos de natureza ‘corriqueira’, conforme discorreu a vice-presidente da OAB-RJ, Ana Tereza Basilio. ‘Ele não se envolvia em casos criminais’, destacou a representante.
O escritório de advocacia onde Crespo trabalhava era conhecido por lidar com o mercado de criptomoedas e direito do entretenimento, segmento que inclui consultorias sobre jogos legais, como corridas de cavalo e torneios de pôquer.
Através de um post em seu perfil no LinkedIn há cerca de um mês, Crespo mencionava o debate sobre a regulamentação de jogos lotéricos e apostas no Brasil, demonstrando sua expertise no assunto.
Anna Satie, Caíque Alencar e Daniele Dutra
Fonte: @uolnoticias
Fonte: © Direto News