No programa É Negócio, o fundador da Reserva e CEO da AR&Co fala sobre os desafios da marca de moda e a conquista do mercado externo, sem complexo de vira-latas.
A moda brasileira é reconhecida por sua criatividade e diversidade, com marcas que refletem a identidade do país. Além disso, o Brasil tem um mercado consumidor forte e ávido por novidades, o que impulsiona o setor fashion a se reinventar constantemente. A moda aqui não se limita apenas às passarelas, mas também está presente nas ruas, nas festas e até mesmo no ambiente de trabalho.
Algumas grifes brasileiras já estão conquistando espaço no mercado internacional, como a Reserva, que tem planos ambiciosos de expandir sua atuação para além das fronteiras do país. Com um olhar inovador e produtos de qualidade, as grifes brasileiras têm potencial para se destacar globalmente, elevando o nome do Brasil no cenário da moda internacional.
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Moda e mercado externo: desafios e oportunidades para as grifes brasileiras
Para as grifes brasileiras, expandir para fora pode parecer um desafio quase intransponível. Mas por que será que é tão difícil conquistar espaço no mercado externo? De acordo com especialistas do setor, como Ricardo Meisler, o cenário nacional apresenta obstáculos significativos.
‘Eu acho que a gente é refém de duas coisas nesse sentido. Primeiro, da nossa própria continentalidade. O Brasil é um país continental, então sempre você vai ter ainda de fazer muito no Brasil antes de desfocar olhando para o mercado externo’, explica Meisler em entrevista ao programa É Negócio.
O segundo desafio apontado por Meisler é o famoso complexo de vira-latas. ‘O brasileiro tem esse complexo de vira-latas de ‘poxa, será que eu vou vencer lá? Será que vai ter preconceito pelo fato de eu ser brasileiro?’’, destaca.
Empreender no Brasil: um terreno complexo para as marcas de moda
Além disso, o empreendedorismo no Brasil é visto como uma tarefa árdua. ‘O que a gente observa é que, quando brasileiros saem para fazer negócios lá fora, a gente arrebenta e eu acho que a gente arrebenta por um motivo muito simples: empreender no Brasil é difícil demais’, ressalta Meisler.
Com experiência prática no setor, o empreendedor fundou a Reserva em 2006, conquistando relevância no mercado nacional. A marca de moda foi vendida por R$ 715 milhões para o grupo Arezzo&Co em 2020, tornando-se uma potência vendida.
O crescimento da Reserva e as estratégias de extensão de marca
Antes da aquisição pela Arezzo&Co, a Reserva faturava R$ 340 milhões em 2019, registrando cerca de 12% de ebitda. Já em 2023, a Ar&Co alcançou um faturamento de R$ 1,5 bilhão e elevou seu ebitda para 18%. Esse salto foi impulsionado pela expansão da marca, que passou a englobar linhas como Reserva Mini, Reserva Go, Oficina Reserva, Simples, entre outras.
Na entrevista, Meisler compartilha os detalhes do negócio, os critérios para a seleção de novas marcas dentro do grupo, além de discutir a influência das redes sociais no setor de moda e a importância da comunicação para as marcas. Erros cometidos no processo também são abordados, contribuindo para um panorama completo do empreendedorismo no Brasil.
Fonte: @ NEO FEED