Ibovespa subiu puxado por Petrobras e Vale, mas maioria em queda. Câmbio interrompe rali após intervenção do BC. Incertezas sobre queda de juros nos EUA.
O mercado encerrou a última quarta-feira (3) em ascensão. A volatilidade do câmbio diminuiu, um dia após atingir o pico dos últimos seis meses. Esse cenário é favorável. Contudo, traz à mente as controvérsias em torno das produções fotográficas da família real britânica. Definitivamente não está alinhado com a realidade. A cautela predomina no Brasil. Especialmente diante das dúvidas sobre a política de juros nos Estados Unidos.
O sentimento do mercado está mais contido. Os investidores seguem monitorando de perto as oscilações nos principais índices. A busca por segurança continua em destaque. A esperança por uma reviravolta segue presente, mas ainda não se consolida totalmente.
O mercado financeiro em alta após queda acumulada
A semana começou com o mercado financeiro em euforia, impulsionado por uma alta de 0,44% no Ibovespa, que fechou a 127.549 pontos. No entanto, vale destacar que em dois dias da semana e do mês, houve uma pequena perda acumulada de 0,44%.
O sentimento do mercado em relação às gigantes da bolsa
Entre as 86 ações analisadas, as gigantes como Petrobras e Vale destoaram da maioria, registrando quedas significativas. Cada uma dessas empresas possui uma representatividade de 12% no Ibovespa, ou seja, juntas somam quase um quarto da composição do índice.
Risco político e nova rodada de tensão movimentam o mercado
No caso da Petrobras, o risco político tem sido deixado em segundo plano, com ataques sendo direcionados aos lucros da companhia. Enquanto isso, a estatal se tornou um porto seguro em meio a uma nova rodada de tensões no Oriente Médio.
Avaliação da atividade econômica chinês reflete nos mercados
O cenário econômico chinês tem impactado diretamente nas ações das empresas brasileiras, como é o caso da Vale. Com dados promissores sobre a atividade econômica da China, as ações da companhia apresentaram uma valorização de 1,18%.
Intervenção do Banco Central e o termômetro de inflação americano
A primeira intervenção do Banco Central no câmbio em 15 meses teve um efeito moderado sobre o preço do dólar, que caiu apenas 0,01%, chegando a R$ 5,06. Enquanto isso, nos Estados Unidos, o termômetro de inflação indicou uma quentura preocupante, mantendo o mercado em alerta.
O controle da inflação e a migração do capital internacional
A preocupação das autoridades monetárias em manter o controle da inflação e garantir uma economia estável tem sido fundamental. O Fed, por exemplo, mantém uma postura cautelosa em relação aos cortes de juros, priorizando a estabilidade econômica em detrimento das expectativas do mercado.
A curva de juros futuros e o risco fiscal no Brasil
No Brasil, os prêmios da curva de juros futuros apontam para uma expectativa de cortes na Selic, com projeções de 10% ao ano. O aumento dos prêmios em contratos de curto prazo refletem a confiança dos investidores na economia brasileira, enquanto prazos mais longos são influenciados pelo risco fiscal do governo.
Fonte: @ Valor Invest Globo