João botou o olho na primeira fotografia em 1826 em Paris, usou câmara-escura, técnica-combustão e imagem-permanente.
Clécio Melo, um habilidoso metalúrgico da cidade de Piracicaba, no estado de São Paulo, decidiu provar sua inteligência e sorte no quadro ‘Quem Quer Ser um Milionário’, transmitido no programa ‘Domingão com Huck’ no último domingo (1º).
Com sua habilidade de resolver problemas complexos no ambiente de trabalho, Clécio enfrentou as perguntas difíceis no programa, chegando até uma das etapas mais críticas, a pergunta de R$ 1 milhão. Nesse momento crucial, com a possibilidade de ganhar um prêmio significativo, as imagens da sua atenção e concentração foram capturadas pela câmera, tornando-as fotos da sua determinação. O público acompanhava com ansiedade a sua abordagem das alternativas, esperando que ele acertasse a resposta certa e conquistasse o prêmio, tornando-se uma das fotografias daquele domingo inesquecível.
A Origem da Fotografia: Desvendando a Primeira Imagem Registrada
A fotografia, uma arte e uma ciência que nos permite capturar momentos e espaços, tem uma história fascinante. Em uma época em que a tecnologia não era tão avançada, os pioneiros da fotografia precisavam superar desafios incríveis para criar uma imagem permanente. Essa história começa em 1826, na França, onde um inventor chamado Joseph Nicéphore Niépce produziu a primeira fotografia da história, chamada ‘Vista da Janela em Le Gras’.
A fotografia, nessa época, não era uma técnica simples de se aprender ou executar. Ela exigia paciência e habilidade, além de materiais especiais. Niépce usou uma técnica chamada heliografia para criar a primeira imagem registrada. Ele aplicou betume da Judeia, um tipo de asfalto, dissolvido em um líquido sobre uma placa de estanho. Essa placa foi então exposta à luz por cerca de 8 horas dentro de uma câmara escura, o que fez com que a parte exposta à luz se endurecesse, formando a imagem permanente.
A imagem de ‘Vista da Janela em Le Gras’ é um marco importante na história da fotografia e prova a potência da técnica de heliografia. Após a exposição, a placa foi lavada com óleo de lavanda e terebintina, um tipo de diluente, o que deixou a imagem clara e definida. Hoje, essa foto faz parte da coleção Gernsheim na Universidade do Texas, nos Estados Unidos.
A história da fotografia não parou por aí. Niépce se uniu a outro francês, Louis Daguerre, para melhorar seu processo de fotografia. Juntos, eles fizeram ajustes e, em 1832, introduziram uma nova técnica que reduzia o tempo de exposição para apenas um dia. Essa mudança foi possível com o uso de resíduos de óleo de lavanda.
Daguerre foi quem, em 1838, inventou o daguerreótipo, o primeiro processo fotográfico que utilizava o tipo-asfalto e a técnica-combustão para criar imagens permanentes. Esse processo revolucionou a fotografia e permitiu que as pessoas capturassem imagens de alta qualidade. A fotografia, desde então, não parou de evoluir, com a invenção de novas técnicas e tecnologias que permitem criar imagens incríveis.
As fotos e imagens capturadas pela fotografia são mais do que apenas uma lembrança do passado. Elas são uma janela para o mundo, permitindo que as pessoas se conectem com a história e se exprimam de maneira única. A fotografia, com suas raízes no metalúrgico e na ciência, continua a ser uma arte e uma ciência em constante evolução.
Fonte: © G1 – Globo Mundo