Sindicato critica proposta de reajuste médio global como irrisória para servidores técnico-administrativos em reestruturação da carreira.
O governo federal anunciou, nesta sexta-feira (19), a proposta de reajuste salarial para os servidores técnico-administrativos de universidades e institutos federais. O reajuste visa atender às demandas das categorias que estão em greve em várias regiões do Brasil. Esta medida é um passo importante para promover a valorização desses profissionais e garantir melhores condições de trabalho.
Além do reajuste salarial, a proposta também prevê a revisão de benefícios e a atualização de cargos, buscando promover uma maior equidade e valorização dos servidores públicos. Este ajuste é um reconhecimento da importância do trabalho desses profissionais para o bom funcionamento das instituições de ensino superior e pesquisa. A expectativa é que, com essas medidas, seja possível alcançar um melhor ambiente de trabalho e uma maior motivação por parte dos servidores.
Proposta de Reajuste para Servidores Técnico-Administrativos
Seguindo a proposta apresentada, os servidores terão um reajuste significativo de 9% a partir de janeiro de 2025 e mais 3,5% em maio de 2026, como anunciado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Esta medida foi discutida durante a quarta reunião da Mesa Específica e Temporária, focada na reestruturação da carreira dos servidores técnico-administrativos.
Para o próximo ano, já está formalizada uma proposta de reajuste nos benefícios dos servidores, com destaque para o aumento no auxílio-alimentação, que subiria de R$ 658 para R$ 1 mil (um acréscimo de 51,9%), bem como um aumento de 51% nos recursos destinados à assistência à saúde suplementar (auxílio-saúde) e uma revisão do auxílio-creche, elevando de R$ 321 para R$ 484,90.
Considerando os ajustes anteriores e o mais recente, a média global de reajuste para a carreira dos servidores técnicos-administrativos ultrapassaria os 20%, segundo informações do ministério. A proposta recente também envolve a verticalização das carreiras, introduzindo uma matriz única com 19 padrões, redução do interstício da progressão por mérito e alteração no tempo de progressão até o topo das carreiras.
Reivindicações e Perspectivas dos Servidores
Por outro lado, a proposta de reajuste apresentada pelo governo tem sido recebida com críticas pelos servidores técnico-administrativos da área da educação. O Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) descreveu-a como ‘irrisória e decepcionante’. As negociações se concentraram inicialmente na carreira dos técnicos, com a promessa de discutir a dos docentes posteriormente.
Além do aumento salarial reivindicado, que varia entre 22,71% e 34,32% dependendo da categoria, os servidores solicitam a reestruturação das carreiras técnico-administrativas e docentes, e a revogação de normas consideradas prejudiciais à educação federal. Exigem também a recomposição do orçamento e reajustes imediatos nos auxílios e bolsas dos estudantes.
O Sinasefe expressou descontentamento com a proposta de reajuste de 9% para 2025 e 3,5% para 2026, considerando que isso manteria os salários congelados em 2024. Em resposta, cogita-se a continuidade da greve, já que as demandas dos servidores não foram integralmente atendidas pelo governo. A decisão final ficará a cargo das assembleias locais e da plenária nacional, a ser convocada oportunamente.
Fonte: © CNN Brasil