O ministro Barroso do STF apoia regular IA para proteger direitos constitucionais, liberdade cognitiva e combater discurso de ódio.
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), reiterou sua defesa pela regulamentação da IA (inteligência artificial) com foco na proteção dos direitos fundamentais. Sua fala ocorreu durante a realização da aula magna da Emerj (Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro) na última sexta-feira (12/4).
A implementação de regras que garantam a utilização ética e responsável da inteligência artificial é essencial para preservar a dignidade humana e impedir possíveis violações. A preocupação com a regulamentação da IA é um tema cada vez mais recorrente em discussões sobre o avanço tecnológico e seus impactos na sociedade.
A IA e a proteção de direitos constitucionais
Barroso ressaltou que a regulação da inteligência artificial deve estar orientada para a proteção dos direitos constitucionais, como a privacidade, a liberdade cognitiva e a liberdade de expressão, fundamentais para a democracia. Para ele, é essencial combater a desinformação e o discurso do ódio, evitando a subjugação de grupos vulneráveis e ataques à democracia. É crucial tornar as informações mais transparentes e compreensíveis para todos.
Presidente do STF e os benefícios da IA
O presidente do Supremo Tribunal Federal destacou que a inteligência artificial promete trazer inúmeros benefícios para a humanidade. A IA terá a capacidade de tomar decisões de forma mais eficiente do que os seres humanos, dado o seu poder de processamento de dados superior ao do cérebro humano. Além disso, possibilitará a automação de diversas atividades, inclusive aquelas consideradas de risco. Setores como medicina, direito e educação serão revolucionados pela inteligência artificial.
O impacto da IA no mercado de trabalho e na segurança
Apesar das vantagens, o ministro alertou para os riscos da inteligência artificial, em especial no que se refere ao mercado de trabalho. Muitos empregos correm o risco de desaparecer, e novos postos podem não surgir na mesma proporção. Além disso, a utilização de IA em armas autônomas levanta questões éticas complexas, pois essas armas são capazes de tomar decisões de ataque de forma independente. Outra ameaça importante é a propagação em larga escala da desinformação.
A importância da ética na era da IA
Luís Roberto Barroso enfatizou a necessidade de preservar os valores éticos que são a base dos princípios humanitários. Mesmo diante de todo avanço tecnológico, são os valores tradicionais, como o bem, a justiça e a dignidade humana, que devem guiar a vida em sociedade. A reflexão ética se torna ainda mais essencial em um contexto marcado pela crescente influência da inteligência artificial em nossas vidas.
Fonte: © Conjur