Avanços de 2024 mostram recuperação de crianças de desnutrição severa graças a uma gestão que valoriza culturas e demandas dos povos originários com assistência a mais e número de profissionais que fortalece a estrutura.
Em um ano marcado por avanços significativos, a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) celebrou importantes conquistas em sua missão de garantir a saúde das comunidades indígenas. Na Terra Indígena Yanomami (TIY), um local que enfrentou um cenário de abandono no passado, a declaração da ESPIN (Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional) completou um ano e trouxe resultados notáveis. Um destaque foi o registro de mais de 300 crianças que se recuperaram de desnutrição severa, demonstrando o compromisso da Sesai com a melhoria da saúde dos indígenas.
A Sesai continua a trabalhar incansavelmente para garantir a assistência médica e a saúde adequada às necessidades das comunidades indígenas na TIY. Com uma abordagem focada na saúde coletiva, a equipe da Sesai buscou fortalecer as redes de assistência de saúde, garantindo que cada criança seja atendida com o cuidado e a atenção necessários. O ano que se encerra é um testemunho do potencial da colaboração e da dedicação em prol da saúde e do bem-estar de todos os cidadãos.
Melhorias na Saúde Indígena
A persistência de desafios não desanima, pois estratégias e ações em andamento trazem avanços e esperanças de melhorias. Foi o caso da criação da primeira Unidade de Retaguarda Hospitalar aos Povos Indígenas (URHPI), em Boa Vista, dedicando parte do hospital ao atendimento exclusivo aos indígenas. A integração de leitos, estrutura e práticas à interculturalidade dos povos indígenas respeita seus costumes e tradições. As obras estão em andamento, e a primeira etapa prevê entregar 36 leitos, enquanto a ampliação do refeitório da CASAI Yanomami e sua reforma estrutural foram passos importantes. Além disso, o território recebeu reforço na força de trabalho e investimentos que proporcionaram melhorias significativas na saúde indígena.
A assistência oferecida aos indígenas expandiu-se com a reabertura de 100% dos Polos Base na região, contemplando mais de 5,2 mil pessoas, e o número de profissionais de saúde triplicou, chegando a 1.759 atuantes. A cobertura nutricional melhorou, permitindo mais diagnósticos e a recuperação de crianças com déficit nutricional severo. A vacinação registrou um aumento de 58%, enquanto os diagnósticos de malária cresceram 73%, intensificando o acesso a tratamentos. Além disso, investimentos em água potável, conectividade e logística fortaleceram os serviços, garantindo um atendimento mais digno e eficiente às comunidades indígenas.
A Saúde Indígena não se limita à Terra Indígena Yanomami. Em todo o Brasil, os resultados são visíveis, especialmente na rede estrutural dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), que registrou ganhos significativos. Estruturas foram reformadas, ampliadas e construídas em todas as regiões, abrangendo Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI), Polos Base e Sistemas de Abastecimento de Água (SAA), conforme dados do Departamento de Projetos e Determinantes Ambientais (DEAMB) da Sesai. Até novembro, o departamento entregou 48 estabelecimentos de saúde indígena, e outras 108 obras de edificações estão em execução.
Avanços na Saúde Indígena
A ação representou um avanço histórico, com impacto direto e positivo na promoção da Saúde Indígena e bem-estar dos povos indígenas em todo o país. Foi na gestão que a Saúde Indígena foi contemplada pela primeira vez no Novo PAC (Programa de Aceleração de Crescimento), e através do ‘Saúde Retomada’, já entregou 11 UBSI, das 81 previstas para entrega até o ano de 2026. A aprovação dos 34 Dseis para a proposta da Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS), que passará a gerir os serviços e força de trabalho da saúde indígena, foi outro destaque. Todas as consultas públicas foram realizadas nos respectivos territórios, garantindo a participação dos povos indígenas em processos decisórios.
Fonte: @ Ministério da Saúde