O avanço súbito do oceano em Santa Catarina causou alterações bruscas de pressão atmosférica, tempestades alinhadas e estragos na linha do continente.
Um tsunami meteorológico extremamente raro atingiu a cidade de Imbituba, no litoral de Santa Catarina, destruindo uma ponte importante e arrastando várias árvores, por volta da 1h30 do dia 2 de janeiro de 2023.
A forte onda, que juntou-se a chuvas intensas, causou um cenário de destruição em todo o local. A situação é considerada raro, pois, em sua maioria, esses eventos são mais comuns em áreas costeiras do Oceano Pacífico. Em Santa Catarina, o fenômeno foi considerado inesperado, devido à sua localização geográfica, distante do Oceano Pacífico, e, por isso, não é comum. A onda foi capacidade de atingir mais de 10 metros de altura, provocando grande destruição.
O ‘tsunami meteorológico’ que atingiu Jaguaruna, RS, reforça a importância do monitoramento das condições meteorológicas
A costa da cidade Jaguaruna, localizada na região sul do Estado do Rio Grande do Sul, foi atingida por um fenômeno raro, denominado de ‘tsunami meteorológico’, que percorreu uma longa extensão do continente. Este evento foi provocado pelo avanço súbito do mar, que atingiu alturas de 1 metro em poucos minutos, de acordo com medição da estação maregráfica do Balneário Rincão, segundo a Central de Monitoramento da Defesa Civil.
Apesar de não haver previsão de maré alta ou agitação marítima antes do incidente, as condições meteorológicas possuem um papel fundamental na formação deste fenômeno. A Defesa Civil de Jaguaruna afirma que as ondas avançaram entre 10 e 15 quilômetros em direção ao continente, especialmente em áreas onde não haviam dunas ou restinga para frear o oceano. O bairro Esplanada foi um dos locais mais afetados, com uma ponte de madeira quebrada, árvores arrastadas e muros que caíram.
Segundo a Defesa Civil Estadual, o tsunami meteorológico foi causado por uma intensa linha de instabilidade que acompanha a passagem de uma frente fria sobre o Sul do Brasil. As linhas são formadas por tempestades alinhadas, que geram alterações bruscas de pressão atmosférica e ventos fortes, segundo os meteorologistas do órgão. O conjunto dos fatores cria pulsos de pressão propagados no oceano, aumentando a potência das ondas que avançam à costa.
Quando há uma ressonância quase perfeita entre a velocidade da linha de instabilidade e das ondas no oceano, o efeito é intensificado, causando um avanço súbito do mar. Este fenômeno é conhecido como um ‘tsunami meteorológico’, que pode causar danos significativos às áreas costeiras.
A última ocorrência de um tsunami meteorológico em Santa Catarina foi registrada em novembro de 2023 na cidade de Laguna. A Defesa Civil catarinense ressalta a importância do monitoramento das condições meteorológicas e a conscientização da população sobre como agir no caso de ocorrências do fenômeno.
Fonte: @ Terra