Operação da Polícia Federal prendeu sete pessoas em São Paulo, capital, sob acusação de crime organizado, segundo ministério público de São Paulo.
Operação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público estadual, realizada na última terça-feira (17), levou à prisão de sete pessoas, incluindo um delegado e três policiais civis, acusados de atuação no Primeiro Comando da Capital (PCC). Entre os detidos, um nome destaca-se, o delegado “X”, nomeado em diversas investigações relacionadas ao crime organizado.
Além do delegado, ainda “Y”, três policiais civis foram presos. O foco da investigação concentra-se em “a rede de proteção” que permite ao PCC manter sua atuação no país. Novos detalhes devem surgir nos próximos dias, à medida que a investigação avança, seguindo o rastro de pistas e testemunhas que possam trazer mais informações sobre a rede de proteção.
Operação de Repressão ao PCC em São Paulo: 8 Mandados de Prisão e 13 de Busca e Apreensão
Uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) busca desmantelar um esquema criminoso do PCC, envolvendo manipulação de investigações policiais, venda de proteção a criminosos e corrupção para lavagem de dinheiro. O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-SP trabalha em parceria com a Corregedoria da Polícia Civil para identificar e prender os envolvidos.
A Justiça decretou a prisão temporária dos investigados, além de buscas e apreensões em endereços relacionados a eles, e outras medidas cautelares. A operação é resultado do cruzamento de diversas investigações sobre o PCC, incluindo o assassinato do delator Vinícius Gritzbach, ocorrido em 8 de novembro, no Aeroporto Internacional de São Paulo. O policial delegado Fabio Baena, acusado de extorsão por Gritzbach, foi preso, assim como os policiais Eduardo Monteiro, Marcelo Ruggeri e Marcelo Marques de Souza, conhecido como Marcelo ‘Bombom’.
A reportagem apurou que Rogério de Almeida Felício, policial foragido e suspeito de envolvimento com o PCC, trabalha como segurança do cantor Gusttavo Lima. Os demais presos suspeitos de envolvimento com o PCC são Ademir Pereira Andrade, Ahmed Hassan e Robinson Granger de Moura, conhecido como Molly.
Em nota, o advogado Daniel Bialski, que defende Baena e Monteiro, considera a prisão uma ‘arbitrariedade flagrante’. Ele afirma que os fatos que embasaram a prisão já foram investigados e arquivados pela Justiça, por recomendação do próprio Ministério Público. Além disso, afirma que ambos compareceram espontaneamente para serem ouvidos e jamais causaram qualquer embaraço às repetidas investigações.
A defesa de Marcelo Ruggeri disse que ainda não teve acesso aos autos, mas que considera a prisão prematura. Os advogados de Rogério informaram que aguardam ter acesso integral ao processo ‘para analisar o caso e tomar as medidas legais cabíveis, reafirmando a confiança na Justiça para a comprovação de sua inocência’.
O g1 tenta localizar a defesa dos outros presos. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo disse que a Corregedoria da Polícia Civil acompanha a operação e colabora com a PF e o MP.
As investigações apontam que a facção, com o apoio dessa organização criminosa, movimentou mais de R$ 100 milhões desde 2018. São 130 policiais federais e promotores com apoio da Corregedoria nas ruas. Ao todo, são 8 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão na capital.
Fonte: © Direto News