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Mirabaud, com US$ 34,4 bi sob gestão, destaca capacidade na gestão de bolsa de valores, sistema financeiro, operação no Oriente Médio e ações globais.
O Brasil é reconhecido como um dos principais países da América Latina no setor financeiro. Com mais de 150 bancos (o que representa um para cada 50 mil habitantes), muitos deles são referência em serviços bancários digitais e inclusão financeira. Um dos destaques nessa área é o Banco do Brasil, fundado em 1808 em Brasília e com R$ 1,6 trilhão em ativos totais.
Além dos bancos tradicionais, o país também conta com diversas instituições financeiras que oferecem uma ampla gama de produtos e serviços. Entre elas, destaca-se a Caixa Econômica Federal, fundada em 1861 em São Paulo e com mais de R$ 2 trilhões em ativos totais. Essas instituições financeiras desempenham um papel fundamental na economia brasileira, contribuindo para o desenvolvimento e crescimento do país.
Expansão do Banco Mirabaud e sua Presença Global
Embora tenha contribuído para a capacidade do sistema financeiro local e para a criação da primeira bolsa de valores da Suíça, o Banco Mirabaud mantém seu capital fechado e sob controle da família que dá nome à instituição. Além da família Mirabaud, quatro sócios desempenham papéis-chave no negócio: Alain Baron, responsável pela gestão na região do Oriente Médio e norte da África; Andrew Lake, líder na área de renda fixa; Anu Narula, encarregado das ações globais; e o brasileiro Thiago Frazão.
‘Existe uma lacuna no mercado para atender clientes ultra-high net worth globalizados que preferem não estar vinculados a bancos tradicionais ou a plataformas de distribuição de produtos no Brasil’, afirma Frazão. Como chefe de wealth management para a América Latina, Frazão reside na Suíça há mais de 15 anos e está no Banco Mirabaud há 12 anos. Ele foi o responsável pela expansão da instituição financeira para a América Latina em 2019, com a região – especialmente o Brasil – sendo uma parte estratégica do plano de crescimento a longo prazo. A filial em São Paulo foi inaugurada em 2019, oito anos após a chegada em Montevidéu.
Além das cidades mencionadas, o banco, focado em asset management, wealth management e corporate finance, está presente em 17 cidades na Europa, incluindo Londres, Luxemburgo, Paris, Madrid, Barcelona, Valência, Sevilha e Milão, bem como em Montreal, Dubai e Abu Dhabi. Atualmente, o banco tem US$ 2,5 bilhões sob gestão no Brasil, de um total de US$ 4,5 bilhões na América Latina, abrangendo operações onshore e offshore, e busca dobrar esse montante em até cinco anos.
Durante sua visita ao Brasil para se reunir com investidores, Frazão concedeu uma entrevista exclusiva ao NeoFeed para discutir os planos do grupo suíço no país e por que acredita que há espaço para crescimento, apesar da concorrência acirrada. Qual é o potencial do mercado brasileiro?
‘Por volta de 2018, percebemos que não poderíamos atender o país de forma eficaz e, em 2019, estabelecemos um escritório em São Paulo. No entanto, a pandemia de Covid-19 alterou nossos planos. Decidimos investir em talentos, em profissionais qualificados. Acredito que há uma oportunidade para atender clientes ultra-high net worth globalizados que não desejam utilizar os serviços tradicionais de bancos ou plataformas de distribuição de produtos no Brasil. Queremos atrair esse público.’
Existe uma meta de crescimento para o Brasil?
‘Atualmente, temos um total de US$ 2,5 bilhões sob gestão, dos quais menos de US$ 200 milhões estão no mercado local. Nosso objetivo é dobrar de tamanho nos próximos 12 meses no mercado brasileiro. Olhando para o futuro, dadas as dimensões do mercado e do nicho que visamos atingir, acreditamos que podemos alcançar um total de US$ 5 bilhões em três a cinco anos.’
Por que muitos bancos estrangeiros têm se interessado pelo potencial do mercado brasileiro, mas não conseguiram obter sucesso?
‘Há uma falta de compreensão do mercado brasileiro. Acredito que é essencial ter executivos locais, como no meu caso, para realmente compreender essa dinâmica. O Brasil possui um forte viés doméstico, o que o diferencia de outros países da América Latina, como a Argentina, onde 80% dos ativos estão no exterior, ou como um.
Fonte: @ NEO FEED