MEC selecionará 50 estudantes pretos, pardos e quilombolas para intercâmbio com a Universidade de Moçambique. Edição do Caminhos Amefricanos oferece formação para educadores.
Neste dia 25 de fevereiro, foi divulgado o resultado com as 980 inscrições recebidas para a nova etapa do projeto Caminhos Amefricanos: Iniciativa de Troca de Conhecimentos. Entre as propostas apresentadas, 50 serão escolhidas para vivenciar um intercâmbio de duas semanas na Universidade Eduardo Mondlane (UEM), também em Maputo, Moçambique.
Além de promover os intercâmbios, o programa Caminhos Amefricanos visa fomentar os intercâmbios sul-sul e o combate ao racismo através da valorização da cultura e da história afro-brasileira. Com isso, busca-se criar uma rede de colaboração e aprendizado mútuo entre os participantes, fortalecendo os laços entre os povos amefricanos.
Caminhos Amefricanos em destaque
Agora, haverá um período para análise das candidaturas, e o resultado dessa etapa está previsto para ser divulgado em maio. Os aprovados farão um curso on-line de 40 horas sobre história e cultura afro-brasileira e moçambicana no segundo semestre deste ano, antes de partirem para a estadia de duas semanas no país africano.
Iniciativa do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Igualdade Racial (MIR), o programa é executado por uma parceria entre a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
A proposta é enviar quilombolas e pessoas autodeclaradas pretas ou pardas para intercâmbios de curta duração em países do Sul global. O edital conta com R$ 1,8 milhão, proveniente do MIR.
Cada estudante receberá R$ 10.500 para diárias, R$ 13.172 para passagens aéreas, R$ 520,75 de auxílio seguro-saúde, R$ 257,25 para ajudar na emissão de passaporte e R$ 250,00 para o visto de entrada em Moçambique.
Intercâmbios Sul-Sul e combate ao racismo
Caminhos Amefricanos – O Caminhos Amefricanos: Programa de Intercâmbios Sul-Sul vai estimular a troca de conhecimentos, experiências e políticas públicas que contribuam para o combate ao racismo e para a educação das relações étnico-raciais, a partir da cooperação acadêmica entre instituições de ensino superior e incentivo a pesquisas e ao desenvolvimento científico e tecnológico para a promoção da igualdade racial.
Além disso, a ação fortalecerá a formação inicial e continuada de educadores na perspectiva da Educação das Relações Étnico-Raciais. Cabe à Diretoria de Políticas de Educação Étnico-Racial e Educação Escolar Quilombola, da Secadi, organizar o curso de formação para estudantes e professores selecionados para participarem do programa.
Também é de responsabilidade da Diretoria firmar parceria com instituições de educação superior para formação, acompanhamento e avaliação de estudantes intercambistas brasileiros e estrangeiros. Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secadi e da Capes
Fonte: © MEC GOV.br