Decisão da 7ª Câmara de Direito Criminal do TJSP sobre petição da advogada em crimes de prevaricação e ação penal privada.
Via @consultor_juridico | O tribunal da 7ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou sentença que condenou uma advogada a uma pena de um ano, sete meses e 25 dias de detenção, em regime semiaberto, e ao pagamento de 14 dias-multa por cometer injúria, calúnia e difamação contra um magistrado. A atuação da advogada foi considerada desrespeitosa e ultrapassou os limites éticos da profissão.
A defesa da advogada argumentou que houve equívocos na interpretação dos fatos e que ela agiu de acordo com os princípios da advocacia, mas o tribunal manteve a decisão por considerar que houve violação dos direitos e da honra do magistrado. O caso serve de alerta para a conduta dos profissionais do direito, reforçando a importância do respeito mútuo entre advogados e magistrados para a manutenção da ordem e da justiça no sistema judiciário.
Advogada em Causa Própria: Sentença Confirmada
Em uma decisão judicial ratificada, o juiz Paulo Alexandre Rodrigues Coutinho, da Comarca de Itanhaém, afirmou que tanto a materialidade quanto a autoria do delito imputado à advogada estavam devidamente estabelecidas, seja por meio de evidências documentais ou testemunhais. No contexto específico, a advogada estava representando a si mesma em um processo de despejo e, em uma petição, alegou que o magistrado responsável pelo caso havia cometido os crimes de prevaricação, fraude processual e apropriação indébita, além de tê-la insultado chamando-a de ‘maugistrada’, entre outras ofensas.
Durante as petições, a causídica assinava como ‘advogata’, um detalhe que chamou a atenção no desenrolar do processo. No decorrer da ação penal privada, a advogada solicitou a intervenção da Comissão de Prerrogativas da OAB, que indicou um advogado para acompanhá-la na audiência, sem que nenhum contratempo tenha sido relatado. Além da sentença penal, a advogada também foi condenada a pagar uma indenização de R$ 30 mil por danos morais.
Procedimentos Judiciais e Desfecho
O desenrolar dos procedimentos judiciais revelou a complexidade do caso envolvendo a advogada e as acusações feitas contra o magistrado. A atuação da advogada em causa própria trouxe à tona questionamentos sobre a conduta das partes envolvidas e a forma como o processo foi conduzido.
A solicitação de auxílio da Comissão de Prerrogativas da OAB demonstrou a importância da atuação conjunta dos profissionais da advocacia em situações delicadas como essa. A designação de um advogado para acompanhar a audiência foi um passo crucial para garantir a imparcialidade e a defesa adequada dos interesses da advogada.
A condenação criminal e a imposição de uma indenização por danos morais ressaltam a gravidade das acusações e as consequências legais decorrentes das ações praticadas. O desfecho do caso serve como um lembrete da importância do respeito às normas éticas e legais que regem a atuação dos profissionais do direito.
Fonte: © Direto News