Alexandre de Moraes solicitou relatórios do setor de combate à desinformação do Tribunal, usados em inquéritos do STF.
Desde a noite da terça-feira (13), políticos bolsonaristas estão repercutindo a reportagem da Folha de S. sobre um possível impeachment do presidente. A notícia gerou grande agitação nos bastidores do governo, com muitos defendendo a permanência de Bolsonaro no cargo e outros já articulando possíveis cenários pós-impeachment.
Enquanto a discussão sobre o impeachment ganha força, a possibilidade de destituição do presidente divide opiniões e levanta questionamentos sobre o futuro político do país. A incerteza paira sobre Brasília, com a oposição pressionando por um processo de impeachment e os aliados de Bolsonaro tentando manter a estabilidade do governo a todo custo.
Impeachment em Pauta: Setor de Combate à Desinformação Sob Investigação
Paulo destaca que o setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi solicitado de maneira não oficial pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante e após as eleições de 2022. De acordo com as informações, o jornal teve acesso a 6 gigabytes de mensagens e arquivos trocados via WhatsApp por colaboradores de Moraes, incluindo seu principal assessor no STF, Airton Vieira, que ainda exerce a função de juiz instrutor.
Pressão por Impeachment: Críticas e Reações
Comparado à Vaza Jato, Marco Aurélio Carvalho considera desonesta a comparação. Diálogos sugerem que Moraes selecionava alvos de investigação e solicitava ajustes em relatórios, conforme relatado pelo jornal. Ministros do STF defendem Moraes, enquanto a oposição reúne assinaturas para impeachment. Nas redes sociais, parlamentares têm levantado a possibilidade de impeachment contra o magistrado.
Manifestações e Defesas: Argumentos Contrários
Moraes enfrenta críticas da oposição por ações consideradas antidemocráticas, com parte dos documentos sendo utilizada para embasar medidas criminais contra bolsonaristas. Eduardo Bolsonaro defende a destituição de Moraes, alegando uso de artifícios ilegais. Flávio Bolsonaro também se pronuncia, afirmando que Moraes deve responder por atentado contra a democracia. O senador defende a extinção de todos os julgamentos em que Moraes participou contra Bolsonaro.
Mobilização pelo Impeachment: Apoio Parlamentar
Eduardo Girão, senador pelo Novo-CE, junta-se aos defensores do impeachment do ministro. Em seu discurso, Girão menciona o pedido formulado por parlamentares da oposição, com protocolo previsto para 9 de setembro. Uma campanha nacional de mobilização será lançada, visando obter mais apoios de parlamentares e juristas até 7 de setembro, com o efetivo protocolo do pedido de impeachment em 9 de setembro de 2024. Além do impeachment, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) já foi protocolada na Câmara para investigar possível abuso de autoridade, conforme o deputado federal Nikolas Ferreira.
Fonte: @ CNN Brasil