Estudo aponta aumento de 350% de impacto do calor nas economias, agravando a crise climática. Tecnologias mais sustentáveis são necessárias para reduzir hidrofluorcarbonetos e dióxido de carbono, aliviando o efeito estufa e atendendo à demanda em está em constante crescimento.
Em cerca de 30 anos, o Brasil estará entre os principais consumidores globais de ar-condicionado, com um aumento de 350% nas vendas de aparelhos de climatização. O cenário é projetado pela Agência Internacional de Energia (AIE), que prevê o número de aparelhos de ar-condicionado no Brasil atingir 160 milhões de unidades até 2050, deixando o país com um dos maiores mercados de climatizadores do mundo.
Com o crescimento da população brasileira e o aumento da renda, o consumo de aparelhos de ar-condicionado também está crescendo. Segundo a AIE, o Brasil terá uma das maiores demandas de ar-condicionado entre os países do mundo. A necessidade de ar-condicionado em residências e climatizadores em veículos e aparelhos em outros ambientes também está aumentando, contribuindo para o aumento da demanda por ar-condicionado.
Ar-Condicionado e Sustentabilidade: Uma Questão Urgente
A dependência crescente de aparelhos de ar-condicionado está gerando preocupações entre os especialistas em clima, que alertam sobre as consequências ambientais desse consumo. De acordo com um levantamento divulgado pelo jornal O Globo, o ar-condicionado é responsável por 2,7% das emissões globais de gases de efeito estufa e consome 7% da eletricidade utilizada na Terra.
A situação se agrava com o consumo sendo duplicado devido aos climas extremos, o que fará com que os aparelhos de ar-condicionado consumam 14% da eletricidade mundial em 2050. A demanda por esses aparelhos está em crescimento, com cerca de 90% de toda essa demanda atendida por economias emergentes, como Índia, China e Brasil. Essa situação está intimamente ligada à forma de funcionamento atual dos ar-condicionados, que usa tecnologias de resfriamento por compressores baseadas em hidrofluorcarbonetos (HFCs), gases de efeito estufa poderosos.
A Emenda de Kigali, um tratado internacional, entrou em vigor em 2019, com o objetivo de descontinuar a produção desses gases perigosos até 2045. No entanto, outro grande desafio é o consumo excessivo de energia, a maioria da qual vem da queima de combustíveis fósseis, que emitem dióxido de carbono (CO2), um dos gases mais perigosos no efeito estufa. É fundamental adotar práticas conscientes e tecnologias mais sustentáveis para mitigar os impactos ambientais desse consumo.
Fonte: @ Terra