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Relatório da OMS e Unicef mostra avanço na vacinação infantil no Brasil, mas globalmente metas preconizadas ainda não foram atingidas.
Um comunicado divulgado hoje, 15, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) destaca os avanços da vacinação no Brasil, que saiu do grupo das 20 nações com maior número de crianças sem imunização no mundo.
O progresso na vacinação infantil é motivo de comemoração, mostrando a importância de garantir a imunização desde cedo para a saúde das crianças. Investir em campanhas de conscientização e acesso facilitado às vacinas é fundamental para manter a imunização infantil em alta e proteger a população de doenças evitáveis.
Vacinação infantil: Brasil avança na imunização
A situação brasileira destaca-se positivamente em relação a muitos países que não conseguiram atingir as metas de vacinação preconizadas pelas entidades de saúde. O relatório apresentado segunda-feira revela avanços significativos na imunização infantil no país, após anos de queda nas coberturas vacinais. A chefe de Saúde do Unicef no Brasil, Luciana Phebo, ressaltou a importância de continuar avançando nesse cenário.
Os dados apontam uma redução expressiva no número de crianças que não receberam nenhuma dose da vacina DTP, que protege contra tétano, difteria e coqueluche. Esse indicador, considerado um termômetro do cenário vacinal, diminuiu de 687 mil em 2021 para 103 mil em 2023. Além disso, o número de crianças que não receberam a vacina DTP caiu de 846 mil para 257 mil no mesmo período.
O Brasil registrou melhorias em 14 dos 16 imunizantes avaliados durante o período analisado, conforme aponta o relatório internacional. Enquanto isso, a imunização infantil global estagnou em 2023, deixando 2,7 milhões de crianças a mais sem vacinação adequada em comparação com os níveis pré-pandemia de 2019.
A diretora-executiva do Unicef, Catherine Russell, alertou para a persistência de muitos países em não vacinar um número significativo de crianças, evidenciando a importância da vacinação. As taxas de vacinação contra o sarampo permanecem abaixo da meta de 95%, deixando cerca de 35 milhões de crianças desprotegidas ou parcialmente protegidas.
O relatório também destaca a necessidade de reforçar as medidas para atingir as metas da Agenda de Imunização 2030, que visa alcançar pelo menos 90% de cobertura vacinal e reduzir o número de crianças sem qualquer dose de vacina até 2030. A vacinação é essencial para a proteção da saúde infantil e para prevenir surtos de doenças evitáveis.
As melhorias no cenário de vacinação contra o HPV entre meninas são um exemplo do impacto positivo de ações locais impulsionadas por organizações como a Aliança da Vacina (Gavi). No entanto, é fundamental manter o foco na ampliação da cobertura vacinal e no cumprimento das metas estabelecidas pelas autoridades de saúde. A vacinação é uma ferramenta crucial para garantir a saúde e o bem-estar das crianças em todo o mundo.
Fonte: @ Veja Abril