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No novo livro, a professora Woo-kyoung Ahn traz estratégias claras para melhorar tomadas de decisão, repensando processos cognitivos e tomando decisões com base na necessidade.
No mundo dinâmico de hoje, onde dados são constantemente compartilhados de todas as direções, pensar de maneira clara e concentrada torna-se essencial. Por isso, a obra Como Pensar de Maneira Objetiva e Perspicaz (Editora Cultrix) explora de forma simples e acessível a importância de reavaliar nossos padrões e modos de pensar cotidianos.
Em um contexto onde a reflexão e o raciocínio são frequentemente deixados de lado, é fundamental reservar tempo para ponderar sobre nossas escolhas e ações. O ato de pensar de forma crítica e estratégica pode ser o diferencial para alcançar objetivos e tomar decisões assertivas em meio à agitação do mundo moderno.
Refletindo sobre o pensamento e a tomada de decisões
A autora e educadora da renomada Universidade Yale, nos Estados Unidos, Woo-Kyoung Ahn, mescla conceitos da psicologia cognitiva com analogias simples para auxiliar aqueles que buscam aprimorar seu processo de pensar e tomar decisões de forma mais consciente e assertiva. Em uma entrevista à VEJA, Ahn discute algumas armadilhas do modo de operação contemporâneo, como o ‘pensamento apressado’, no qual tendemos a fazer julgamentos e decisões com base na primeira ideia que nos vem à mente. Para ilustrar esse ponto, a psicóloga recorre a uma analogia com hábitos alimentares: quando estamos ocupados, é fácil optar por fast-food ou alimentos altamente processados por questões de conveniência. No entanto, para adotar uma alimentação saudável, é necessário refletir de forma clara sobre nossas escolhas alimentares.
O livro propõe que essa pressa mental impede a ponderação profunda e a análise crítica, elementos cruciais para uma tomada de decisão eficiente e benéfica. Além disso, a obra apresenta uma série de estudos intrigantes e divertidos que podem auxiliar os leitores a aprimorar seus processos cognitivos. A reflexão sobre como pensar de forma direta e inteligente é um dos pontos centrais abordados.
Raciocinando sobre a falácia do planejamento
Um dos temas centrais discutidos no livro é a falácia do planejamento, um fenômeno psicológico que leva as pessoas a subestimarem o tempo, os custos e os riscos envolvidos em ações futuras. A autora ilustra essa contradição com exemplos concretos, como a construção da Opera House de Sydney, na Austrália, e o Aeroporto Internacional de Denver, nos Estados Unidos, ambos marcados por atrasos significativos e estouros de orçamento. Ela argumenta que a falácia do planejamento é frequentemente causada pelo excesso de confiança e pela ilusão de fluência, levando à subestimação do tempo necessário para concluir tarefas, sejam elas simples ou complexas.
Ao planejar, tendemos a visualizar os processos de forma simplificada e desprovida de obstáculos, o que infla nossa confiança e nos leva a estimativas irrealistas. Um estudo mencionado no livro solicitou aos participantes que estimassem o tempo necessário para finalizar suas compras de Natal, revelando que, mesmo com planejamentos minuciosos, as estimativas eram excessivamente otimistas. A autora enfatiza a importância de repensar essas estimativas e dobrar o tempo previsto para qualquer tarefa, considerando imprevistos que possam surgir.
Ponderando o viés de negatividade
Outro aspecto abordado na obra é o viés de negatividade, que leva as pessoas a atribuírem mais importância a informações e eventos negativos do que positivos. Estudos demonstram que as avaliações negativas exercem um impacto significativamente maior na percepção geral de produtos e indivíduos do que as avaliações positivas. É fundamental refletir sobre como esse viés influencia nossas decisões e a forma como interpretamos o mundo ao nosso redor.
Fonte: @ Veja Abril
