Ministra Cármen Lúcia alerta sobre desinformação transnacional em Eleições, afirmando que a criminalidade pode afetar a cultura democrática e os regimes democráticos, com impacto nos Processos eleitorais e na fraternidade da Humanidade.
Em um evento de grande relevância, a ministra Cármen Lúcia, presidenta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reafirmou a importância de defender democracias no continente americano. Durante o encontro, intitulado “O Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul: relevância e perspectivas”, realizado em Brasília, ela destacou a necessidade de se proteger os regimes democráticos, em um contexto onde democracias enfrentam desafios significativos.
De acordo com a ministra, o continente enfrenta hoje uma série de desafios impostos pelos regimes autoritários. Democracias, como o Brasil, enfrentam a obrigação de consolidar suas instituições, assegurando a transparência e a justiça eleitoral. Além disso, a ministra também destacou a importância de se investir na eleitoral, garantindo que o poder seja conferido ao povo de forma direta, sem interferências indevidas. A eleitoral é um elemento fundamental para a manutenção da democracia.
Ampliando o Escopo da Democracia
A ministra Cármen Lúcia destacou a questão climática, a criminalidade transnacional e a desinformação como ameaças ao princípio democrático e à humanidade, destacando que o ano de 2024 foi marcado pelo maior número de eleições em todo o mundo, criando um cenário contraditório. Embora haja muitas eleições, os riscos democráticos são reais, em parte devido ao populismo demagógico e à desinformação que contamina as liberdades. Isso sugere que a presença de eleições não é suficiente para garantir a democracia. Ao contrário, é preciso um processo eleitoral democrático em todos os lugares.
Fomentando a Fraternidade e a Integração
Para mudar esse cenário, a presidente do TSE destaca o princípio da fraternidade como ferramenta para assegurar a integração entre os países do Mercosul. A fraternidade é vista como uma ferramenta para reconstruir a região, unindo os países pela humanidade compartilhada. Além disso, a estruturação das democracias é vista como um elo entre os Estados da região. A história latino-americana é lembrada como uma lição que nos aproxima, pelas atrocidades compartilhadas, e é preciso construir uma fraternidade que faça do sangue um elo de humanidade entre os países.
Desafios da Democracia Integrada
A democracia integrada é apresentada como um desafio político que se impõe de forma racional e objetiva, com base em proposições constitucionais ou normas constitucionais. O Brasil, com seu território extenso e poder vigoroso, teve um processo de colonização diferente dos outros Estados latino-americanos, tornando o desafio da democracia integrada ainda mais complexo. No entanto, o exemplo do Brasil, com sua cultura democrática e processos eleitorais eficientes, é apresentado como um exemplo a ser seguido.
Construção de uma Cultura Democrática
Para combater o retorno de regimes ditatoriais, Cármen Lúcia defende a construção de uma cultura democrática a partir de processos eleitorais eficientes, como o que ocorre no Brasil. O processo eleitoral brasileiro é apresentado como um exemplo de sucesso, com uma cultura eleitoral brasileira que se tem, e que pode ser compartilhada com outros países do Mercosul. Além disso, a urna eletrônica é apresentada como uma ferramenta que não foi criada em um só gabinete, mas sim é o resultado de um trabalho feito de muito tempo com a sociedade.
Ampliando a Integração do Mercosul
A presidente do TSE reforça a importância da adaptação de cada país em respeito à soberania nacional, mas com vistas à integração do Mercosul. O compartilhamento de experiências e boas práticas, como o processo eleitoral brasileiro, pode ser um dado importante para a integração da região. Além disso, a Atribuição da importância da cultura democrática e da integração do Mercosul é reforçada como uma ferramenta para assegurar a fraternidade e a humanidade entre os países.
Fonte: © Direto News