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Pesquisa sobre componentes bacterianos na população com transtorno do espectro autista pode revolucionar diagnóstico; estudos adicionais são necessários.
Elementos bacterianos e não bacterianos encontrados no microbioma intestinal podem ter ligação com o transtorno do espectro autista (TEA) em crianças, de acordo com uma nova pesquisa divulgada na Nature Microbiology, na segunda-feira (8).
O estudo sugere que a diversidade da microbiota intestinal pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento do autismo. Além disso, a pesquisa destaca a importância de investigar mais a fundo a relação entre o microbioma intestinal e o TEA para avançar no entendimento e no tratamento dessa condição.
Estudo revela conexão entre microbioma intestinal e autismo
A pesquisa recente destaca a importância do microbioma intestinal na compreensão do autismo. O microbioma intestinal, composto por uma variedade de genes da população microbiana, desempenha um papel crucial na saúde digestiva e na produção de neurotransmissores essenciais, como serotonina e dopamina.
Explorando a relação entre microbioma intestinal e TEA
Investigações anteriores já haviam abordado a ligação entre o microbioma intestinal e o autismo. No entanto, estudos recentes se concentraram em examinar as possíveis alterações na composição das bactérias intestinais em indivíduos com autismo em comparação com aqueles sem o transtorno.
Sequenciamento metagenômico revela insights valiosos
Por meio do sequenciamento metagenômico de amostras fecais de crianças com e sem TEA, os pesquisadores identificaram diferenças significativas no microbioma intestinal. Eles descobriram alterações em arqueias, bactérias, fungos, vírus, genes microbianos e vias metabólicas em crianças com autismo.
Avanços na identificação precoce do autismo
Utilizando técnicas de aprendizado de máquina, os cientistas desenvolveram um modelo baseado em marcadores microbianos que demonstrou uma precisão de 82% na identificação de crianças com autismo. Esses marcadores têm o potencial de auxiliar no diagnóstico clínico precoce do transtorno.
Desafios e perspectivas futuras
Embora as descobertas sejam promissoras, o estudo apresenta limitações. Ainda não está claro se as diferenças no microbioma intestinal são causas ou consequências do autismo. Além disso, é fundamental replicar a pesquisa em diferentes populações para validar os resultados e aprofundar o entendimento da relação entre microbioma intestinal e autismo.
Considerações finais sobre o autismo e o microbioma intestinal
Essas descobertas abrem novas perspectivas para a compreensão do autismo e destacam a importância de investigar o papel do microbioma intestinal no desenvolvimento do transtorno. O estudo oferece insights valiosos que podem contribuir para futuras pesquisas e avanços no diagnóstico e tratamento do autismo.
Fonte: © CNN Brasil