PF denuncia esquema de corrupção no TJMS, acusando comercialização de decisões judiciais e revelando disparidade de tratamento entre juízes e advogados em investigações semelhantes.
Operação Última Ratio: corrupção no TJMS
A Polícia Federal deflagrou a Operação Última Ratio, revelando um esquema de corrupção no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, que envolve suspeitas de venalidade e desonestidade entre magistrados e advogados. A ação ocorreu na quinta-feira (24) e buscas e apreensões foram realizadas em casas de desembargadores e profissionais de advocacia, muitos dos quais são filhos de magistrados.
Corrupção: Um sistema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça
A Operação Última Ratio lançou luz sobre um possível esquema de corrupção que envolve a venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, reforçando suspeitas de práticas ilícitas que já haviam sido levantadas em investigações anteriores. O esquema, de acordo com a Polícia Federal, teria beneficiado grandes empresas através da comercialização de decisões judiciais, evidenciando a corrupção e a venalidade no sistema judiciário.
Esquema de corrupção: uma rede de influência que atinge as mais altas instâncias
Advogados ligados a influentes bancas de advocacia no estado também estão sob investigação, o que sugere que a rede de corrupção pode se estender a outras esferas do sistema judiciário. A Operação Última Ratio é mais um capítulo em uma longa série de acusações envolvendo o judiciário sul-mato-grossense, reforçando a suspeita de que a corrupção é um problema crônico no sistema.
Um histórico de escândalos: o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul sob escrutínio
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul já esteve envolvido em outras investigações semelhantes, incluindo uma operação do Conselho Nacional de Justiça em 2016 que apurou o envolvimento de magistrados em um esquema de venda de sentenças, favorecendo grandes empresas e figuras influentes. Um dos nomes citados naquela época, o desembargador Sideni Soncini Pimentel, voltou a ser alvo das investigações da Operação Última Ratio, acusado de proferir sentenças sob suspeita de parcialidade, especialmente em casos envolvendo a empresa JBS.
Desembargadores sob suspeita: a venda de decisões judiciais
Outro caso de destaque é o do ex-desembargador Divoncir Schreiner Maran, investigado por facilitar a fuga do traficante Gerson Palermo, condenado a 126 anos de prisão, e por supostamente vender decisões judiciais. Essas acusações reforçam a suspeita de que a corrupção e a venalidade são práticas comuns no sistema judiciário.
Perseguição sistemática: o caso do advogado Luiz Fernando Cardoso Ramos
Em meio a essas revelações, o advogado Luiz Fernando Cardoso Ramos afirma ser vítima de perseguições sistemáticas. Segundo ele, desde 2019, seu trabalho tem sido alvo de retaliações, o que sugere que a corrupção não se limita ao sistema judiciário, mas também pode atingir os que lutam contra ela.
Um sistema de venda de sentenças: a necessidade de reforma
A Operação Última Ratio lançou luz sobre um sistema de venda de sentenças que reforça a suspeita de que a corrupção e a venalidade são práticas comuns no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. É hora de reformar o sistema e garantir que a justiça seja feita de forma imparcial e transparente.
Fonte: © Direto News