A perda de uma marca forte choca um editor, no entanto, uma nova loja de retalho deve abrir em SP ainda em 2023.
A Livraria Cultura, conhecida por suas edições de alta qualidade e presença em diversos eventos de negócios, inaugurou uma nova unidade em São Paulo, buscando expandir sua base de fãs em um mercado cada vez mais competitivo. A nova loja tem como objetivo oferecer uma experiência inovadora para os clientes, com uma seleção diversificada de livros e produtos de nichos específicos, como moda e design.
Com a expansão, a Livraria Cultura também busca fortalecer sua rede de distribuidores e editoras, afim de manter a qualidade dos produtos e a satisfação dos clientes. A empresa é uma das mais conhecidas entre as editoras, e agora, com a nova loja, está se destacando ainda mais no cenário de negócios. Com a concorrência cada vez maior, a empresa está arregimentando uma equipe experiente para atender às necessidades de seus clientes, tornando-se uma referência para os amantes de livros.
Negócios em Revolução
A nova unidade da Livraria Cultura chama a atenção por sua arquitetura única, que inclui um piano tocável pelos clientes, criando um ambiente acolhedor. No entanto, as estantes parecem estar em total desorganização, com títulos de autoajuda, negócios e literatura comercial predominando sobre obras mais novas. Este cenário não parece estar mudando, já que as editoras e distribuidores parecem estar observando com cautela os movimentos da empresa antes de retomar os negócios.
Um Mercado em Observação
O GLOBO realizou uma investigação e descobriu que o mercado editorial está observando com cautela os movimentos da empresa antes de voltar a fazer negócios. A Cultura está em recuperação judicial desde 2018, quando reportou uma dívida de R$ 285,4 milhões. Alguns profissionais do mercado editorial, incluindo editores, afirmaram que seria ‘irresponsável’ voltar a fornecer para um grupo em que não confiam.
Distribuidores em Ação
A Cultura procurou distribuidores e ofereceu um sistema de pagamento mais eficiente, no qual parte do valor pago pelo cliente no ato da compra vai direito para a conta do fornecedor. Um distribuidor afirmou que, por ora, não volta a trabalhar com a empresa, mas que não descarta colaborar no futuro, desde que a operação se mostre viável. Outro distribuidor expressou disposição em dar crédito para a Cultura, desde que antes sejam resolvidas algumas pendências do fechamento da loja do Conjunto Nacional.
Expansão Planejada
O retorno da Livraria Cultura não deve se limitar à unidade de Higienópolis. O GLOBO apurou que há planos de abrir uma loja em Pinheiros, na Zona Oeste, até o final do ano, e de manter um ponto de venda no Magazine Luiza que vai se instalar no Conjunto Nacional, onde funcionava a famosa livraria. Procurado pela reportagem, o Magazine Luiza disse que a venda de livros na loja será administrada pela Estante Virtual, que pertence ao Grupo Magalu.
Um Futuro Incerto
A ordem de despejo já havia sido autorizada pela Justiça. No auge, a rede chegou a ter 17 unidades e 1,5 mil funcionários. O CEO da Livraria Cultura, Sérgio Herz, não se manifestou quando procurado duas vezes pelo GLOBO.
Fonte: @ PEGN