Atividades acadêmicas suspensas no Pavilhão João Lyra Filho após confronto com seguranças.
Estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) retomam a ocupação do Pavilhão João Lyra Filho, edifício central do campus Maracanã. Eles se manifestam contra alterações nas normas para a concessão de bolsas e auxílios de assistência estudantil que deixam de fora mais de 1 mil estudantes de benefícios. As atividades acadêmicas e administrativas no Pavilhão foram interrompidas nesta quarta-feira (21).
A ocupação dos estudantes da Uerj é parte de um movimento maior em defesa da educação pública e inclusiva. O protesto dos alunos visa pressionar a administração da universidade a rever as mudanças que prejudicam a permanência dos estudantes de baixa renda na instituição. A manifestação pacífica dos jovens estudantes chama a atenção para a importância da assistência estudantil para garantir a igualdade de oportunidades no ensino superior.
Ocupação do Edifício na Uerj Gera Confronto com Seguranças
A manifestação estudantil teve início na noite de terça-feira (20), quando os estudantes decidiram ocupar o edifício da Uerj. Essa ação ocorreu após um episódio anterior, em que o Pavilhão João Lyra foi ocupado e resultou em um confronto com seguranças e servidores da universidade. Apesar do grupo ter recuado temporariamente, eles retornaram à ocupação do edifício.
A reitoria da Uerj se pronunciou, considerando a ocupação inaceitável e prejudicial para toda a comunidade acadêmica. Em nota oficial, a universidade destacou a violência empregada pelos manifestantes, que chegaram a interromper uma sessão do Conselho Universitário.
Durante a ocupação, os estudantes invadiram o plenário e tentaram impedir a saída dos conselheiros, causando ferimentos em algumas pessoas. A universidade enfatizou a importância de respeitar o direito de ir e vir de todos os envolvidos.
A Uerj apelou pelo fim do movimento de ocupação, destacando a necessidade de negociação e diálogo para resolver os impasses. Os estudantes, por sua vez, negaram qualquer ato de violência e afirmaram que respeitaram as falas dos presentes durante a sessão do Conselho Universitário.
Os manifestantes ocupam a reitoria da Uerj há três semanas, reivindicando a revogação de medidas administrativas que afetam a assistência estudantil. Eles contestam o Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda) 038/2024, que restringe o acesso ao auxílio alimentação e outras bolsas para estudantes em situação de vulnerabilidade.
As novas regras impostas pela Uerj excluem cerca de 1,2 mil estudantes dos benefícios, alegando restrições orçamentárias. Os manifestantes pedem que a reitoria busque recursos para garantir a assistência estudantil e priorize o bem-estar da comunidade acadêmica.
Fonte: @ Agencia Brasil