Atentado atribuído ao ELN, em meio à crise nas negociações de paz, envolveu explosivos e artefatos, violando o Direito Humanitário, dizem as Forças Armadas do Exército colombiano.
Na Colômbia, um ataque com explosivos contra uma base militar resultou em duas mortes e 25 feridos na terça-feira (17). A ação foi atribuída ao Exército de Libertação Nacional (ELN), um grupo guerrilheiro que tem sido um dos principais obstáculos nas negociações de paz no país.
A violação da trégua por parte do ELN é um sinal de que as negociações de paz estão em um momento crítico. O ataque com explosivos é apenas mais um exemplo da capacidade do grupo de realizar ações violentas e desestabilizar a região. A ação terrorista é um lembrete de que a paz ainda é um objetivo distante na Colômbia, e que a luta contra o terrorismo é uma prioridade para as autoridades. A segurança é um direito fundamental que precisa ser protegido em todo o país.
Ataque Terrorista com Explosivos
Um porta-voz das Forças Armadas colombianas confirmou à AFP a morte de vários militares em um ataque terrorista realizado pelo ELN, que utilizou explosivos improvisados. O incidente ocorreu no departamento de Arauca, na fronteira com a Venezuela. Quatro oficiais, sete suboficiais e outros 14 militares ficaram feridos, enquanto vários foram levados em ambulâncias ao município de Arauca.
O Exército colombiano publicou na rede social X que o ataque foi realizado com artefatos explosivos improvisados, que foram lançados de um caminhão. O comandante do Exército, general Luis Emilio Cardozo, condenou o ataque covarde e informou que o incidente aconteceu a menos de um quilômetro de uma escola onde havia pelo menos 300 crianças, o que foi considerado uma violação do Direito Humanitário Internacional.
Retomada da Ofensiva Militar
O ministro colombiano da Defesa, Iván Velásquez, anunciou no mês passado a retomada da ofensiva militar contra o ELN, após o fim de um cessar-fogo em vigor desde 2023. A guerrilha decidiu não retomar a trégua no começo de agosto, em meio a turbulências nas negociações de paz com o governo de Gustavo Petro. O ELN apontou violações pelo governo dos acordos assinados durante as rodadas de negociação realizadas desde o fim de 2022 em Cuba, Venezuela e México.
O governo de Gustavo Petro tenta encerrar o conflito armado de seis décadas dialogando com as guerrilhas e com alguns grupos criminosos ligados ao narcotráfico. No entanto, o ataque terrorista com explosivos improvisados é um exemplo da violência que ainda persiste no país. O Exército colombiano está trabalhando para proteger a população e garantir a segurança nacional.
Fonte: © G1 – Globo Mundo