Francisco Wanderley Luiz fez compras em 5 e 6/11, gastando R$ 1,5 mil com câmera de segurança, cartão de débito e redes sociais.
Imagens de uma câmera de segurança em Ceilândia, no Distrito Federal, revelaram que Francisco Wanderley Luiz adquiriu fogos de artifício nos dias 5 e 6 de novembro, cerca de uma semana antes do atentado à Praça dos Três Poderes, em Brasília, na última quarta-feira (13). De acordo com o dono do estabelecimento onde ele fez as compras, o homem-bomba gastou R$ 1,5 mil. Esse atentado foi classificado por muitos como um ataque terrorista devido à sua gravidade e explosão que deixou vítimas.
A violência e a agressão demonstradas pelo homem-bomba durante o atentado refletem uma escalada da violência em nosso país, e a população está cada vez mais inquieta. O governo também se manifestou em relação ao atentado, anunciando medidas de segurança para prevenir futuros ataques que possam colocar em risco a segurança da população, como a reforço das medidas de segurança nas áreas importantes do país.
Atentado em Brasília: Francisco Luiz, autor do ataque, usou câmera de segurança da loja para capturar imagens de si próprio
As imagens do atentado em Brasília foram capturadas pela câmera de segurança da loja de Fernando Pereira, onde o autor do ataque, Francisco Wanderley Luiz, realizou compra de fogos de artifício que foram modificados para explodir com maior intensidade. A Polícia Civil do Distrito Federal repassou as imagens à Polícia Federal, que investiga o caso na Divisão Anti-terrorismo.
A loja de Fernando Pereira está regulada e não fez nenhuma venda proibida. De fato, o dono da loja, Fernando Pereira, teve a iniciativa de procurar as autoridades e relatar o ocorrido, contribuindo com as investigações. Ele afirmou que Francisco Luiz esteve na loja no dia 5, às 11h, e retornou às 14h do mesmo dia. No dia seguinte, ele voltou para buscar um material que não estava disponível no dia anterior.
Francisco Luiz realizou duas compras em um cartão de débito, no valor de R$ 295 e R$ 1.250, respectivamente. Além dos fogos de artifício, ele também comprou tubos de PVC. De acordo com a polícia, o homem modificou os fogos de artifício de forma caseira para que as explosões ficassem mais potentes.
Imagens da loja mostraram os momentos das compras, bem como a caixa com os artefatos em cima do balcão. A polícia também encontrou um texto no espelho do banheiro do imóvel alugado por Francisco Luiz, escrito com batom, com o nome da mulher que pichou a estátua da Justiça nos ataques de 8 de janeiro de 2023.
Francisco Luiz era de Santa Catarina e havia se mudado para o Distrito Federal há cerca de três meses. Ele alugou um imóvel na QNN 7, em Ceilândia, a 35 quilômetros do centro de Brasília. O aluguel já era pago desde o ano passado. Apesar de aparentar uma vida tranquila, o catarinense fez uma série de posts nas redes sociais e até informou à Polícia Federal sobre o ataque por meio do WhatsApp.
Em uma das mensagens, postada na véspera do atentado, ele escreveu: ‘Cuidado ao abrir gavetas, armário, estantes, depósito de matérias etc. Início 17h48 horas do dia 13/11/2024… O jogo acaba dia 16/11/2024. Boa sorte!’. Os agentes também fizeram uma busca pelo imóvel e encontraram mais explosivos na kitnet alugada pelo autor do ataque.
A PF investiga como foram planejadas as ações de Francisco Luiz. O órgão segue extraindo dados do celular do homem-bomba pelo segundo dia. O aparelho foi apreendido na manhã de quinta-feira (14), em um trailer que seria de Luiz e estava em um estacionamento nas proximidades do local do atentado.
Fonte: @ Hugo Gloss