Kerollyn Souza Ferreira, nove anos, morta em contêiner de lixo. Múltiplas violências, suposta queda de bicicleta, sem atendimento médico.
Nesta quinta-feira (15), a Polícia Civil revelou mais informações sobre a morte de Kerollyn Souza Ferreira. A garota de nove anos foi localizada sem vida em um recipiente de resíduos, em Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, na semana passada. De acordo com as autoridades, a menina foi vítima de múltiplas violências por parte da mãe, Carla Carolina Abreu Souza.
A investigação sobre o óbito de Kerollyn revelou um cenário de crueldade e abuso. A comunidade local está chocada com a brutalidade do crime e clama por justiça. A Polícia Civil está empenhada em esclarecer todos os detalhes desse trágico acontecimento e garantir que os responsáveis pela morte da menina sejam devidamente punidos.
Morte e mistério envolvem caso de Kerollyn
De acordo com informações divulgadas pelo g1, Kerollyn deu entrada no hospital no dia 2 de agosto, exatamente uma semana antes de falecer, com ferimentos na cabeça. Carla, mãe da menina, relatou aos funcionários da instituição de saúde que a filha se machucou ao tentar pular da janela de casa. Além desses incidentes, foi revelado que Kerollyn também foi agredida com uma escumadeira, um utensílio de metal. Ela foi levada para atendimento médico após uma suposta queda de bicicleta, porém a investigação apontou que na verdade foi vítima de agressão por parte de Carla.
Em depoimento à RBS TV, uma parente não identificada descreveu o relacionamento conturbado de Carla com os filhos, mencionando que a mãe não cuidava adequadamente das crianças. Aparentemente, Carla era conhecida por agredir os filhos, embora não tenha sido testemunhado um espancamento. Vizinhos teriam acionado o Conselho Tutelar em diversas ocasiões, mas sem resultados efetivos.
Carla admitiu ter administrado medicamentos à filha sem prescrição médica antes de sua morte, incluindo um sedativo. A polícia encontrou uma variedade de remédios na residência da família, alguns deles de tarja preta. Carla foi presa temporariamente sob acusação de tortura e homicídio qualificado, com a investigação apontando para um conflito intenso entre mãe e filha.
O promotor Fernando Sgarbossa sugeriu que a mãe pode ter tido participação ativa ou passiva na morte de Kerollyn, destacando a complexidade do relacionamento entre ambas. Carla nega ter causado a morte da filha, enquanto a polícia aguarda o laudo pericial para esclarecer as circunstâncias do óbito. Imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas para reconstruir os últimos momentos de Kerollyn, com o último registro datando de quinta-feira, às 19h45.
Fonte: @ Hugo Gloss