Israel realiza intenso bombardeio no sul da Faixa de Gaza, continuando ofensiva também em hospital do norte. Pressão internacional por cessar-fogo não é considerada.
O bombardeio no sul da Faixa de Gaza, realizado por Israel, causou danos severos e trouxe mais sofrimento para a população civil que já vive em condições precárias na região. Apesar das críticas da comunidade internacional, o país parece determinado a continuar com sua estratégia de ataques para conter as ações do grupo Hamas.
Em meio aos lançamentos de foguetes e ao clima tenso na região, o hospital no norte da Faixa de Gaza se tornou alvo de mais um ataque aéreo israelense. A população local segue em estado de alerta constante diante da escalada do conflito e das incertezas sobre o futuro da região.
Novos bombardeios no centro urbano de Gaza
Os ataques ocorreram em paralelo à troca de bombardeios e lançamentos de foguetes com o Hezbollah na fronteira do Líbano, que deixou oito mortos. Repórteres da agência AFP relataram que uma bola de fogo iluminou a noite de terça-feira no céu da cidade de Rafah, no sul de Gaza, o único centro urbano do enclave que ainda não enfrentou uma ação das forças terrestres israelenses.
Quase 1,5 milhão de pessoas estão aglomeradas na região, muitas delas para fugir dos bombardeios israelenses. Já na Cidade de Gaza, no norte, testemunhas também ouviram explosões e observaram nuvens de fumaça devido aos ataques israelenses de mais de nove dias contra o principal hospital da localidade, o Al-Shifa, onde Israel afirma que matou 170 terroristas.
Situação crítica nos hospitais cercados
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo terrorista Hamas, anunciou na manhã desta quarta-feira, 27, que 66 pessoas morreram durante a noite, três delas em bombardeios israelenses perto de Rafah. As forças israelenses também cercaram dois hospitais em Khan Yunis, no sul, onde morreram 12 pessoas, incluindo crianças, em um ataque contra um campo de deslocados, segundo o Ministério da Saúde. O Crescente Vermelho Palestino alertou que milhares de pessoas estão presas no hospital Nasser de Khan Yunis e que ‘suas vidas correm perigo’.
Israel critica resolução da ONU e promete ampliar ofensiva
Os combates prosseguiram por dois dias sem interrupção desde que o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que pede um ‘cessar-fogo imediato’ e a libertação de 130 reféns israelenses que permanecem em Gaza, incluindo 34 que as autoridades de Israel acreditam que foram mortos. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, criticou na terça-feira a resolução do conselho, dizendo que a medida encorajou o Hamas, e prometeu prosseguir com a guerra. Ele afirmou que Israel só poderá alcançar os seus objetivos de desmantelar o grupo terrorista e devolver os reféns se expandir a sua ofensiva terrestre para Rafah – o que Washington crítica.
Escalada do conflito com novo ataque aéreo no Líbano
A aprovação da resolução da ONU também aumentou as tensões entre os EUA e Israel sobre a condução da guerra. Mortos na fronteira com Líbano – Nesta quarta-feira, um ataque aéreo israelense contra um centro paramédico ligado a um grupo muçulmano sunita libanês no sul do Líbano matou sete de seus membros, e provocou o lançamento de um foguete do Líbano contra Israel, que matou um civil. O ataque na vila libanesa Hebbariye veio depois de um dia de ataques aéreos e lançamentos de foguetes entre Israel e o grupo terrorista Hezbollah na fronteira entre Israel e o Líbano, aumentando as preocupações de uma escalada do conflito na região.
Os paramédicos ligados ao local listaram nomes de sete voluntários que morreram no ataque. Eles descreveram a ação como um ‘uma violação flagrante do trabalho humanitário’.
Fonte: © TNH1