Acordo de R$1 bilhão para financiar a aquisição e locação de imóveis, incluindo o Hospital Lydia Storopoli. O diretor Zé Celso lidera o empreendimento imobiliário.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Recentemente, foi confirmado pela Justiça de São Paulo a validação de um acordo milionário de R$ 1 bilhão que envolve o Ministério Público, a prefeitura e a Uninove (Universidade Nove de Julho). Este acordo tem como objetivo financiar a compra do terreno destinado ao Parque Municipal do Rio Bixiga, um importante projeto de preservação ambiental na região.
O contrato firmado, que foi oficializado após longas negociações, representa um marco na colaboração entre entidades públicas e privadas em prol do meio ambiente. Com a homologação do pacto, as partes envolvidas se comprometem com a destinação dos recursos de forma transparente e responsável, garantindo assim a concretização do projeto de forma rápida e eficiente.
O significado do acordo de R$ 1 bilhão
A maior parte do valor será destinada para custear a locação de imóveis da entidade por um período de 16 anos e para a disponibilização do Hospital Lydia Storopoli, que faz parte da universidade, para a secretaria de Saúde de São Paulo. Além disso, R$ 51 milhões serão utilizados na aquisição de um terreno de 11 mil metros quadrados que abrigará o Parque Municipal do Rio Bixiga.
O pacto entre a Promotoria de Justiça e a Prefeitura de São Paulo
O pacto foi anunciado no ano anterior pela Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital do Ministério Público juntamente com a Prefeitura de São Paulo, e foi aprovado na última segunda-feira (25). Os recursos provêm de uma ação civil de improbidade administrativa de 2021 relacionada às investigações sobre a máfia dos fiscais, onde foi constatado que os dirigentes da universidade pagaram propina de R$ 4 milhões aos fiscais da prefeitura para manter imunidades tributárias indevidas entre 2009 e 2012. Com o ajuste, a universidade faz uma indenização ao município e fica livre de possíveis processos judiciais.
O desejo do diretor Zé Celso e o futuro do empreendimento imobiliário
O diretor Zé Celso, fundador do Teatro Oficina, falecido em julho de 2023, sonhava há décadas com a criação do Parque Municipal do Rio Bixiga. Durante mais de 40 anos, ele enfrentou uma batalha contra Silvio Santos, proprietário do terreno e interessado em construir três prédios destinados a uso comercial e residencial no local. Com o apoio de intelectuais, artistas e políticos, o projeto imobiliário de Silvio Santos foi barrado judicialmente e por órgãos de preservação do patrimônio. Entidades como a Appit (Associação do Proprietários e Protetores de Imóveis Tombados) e a Samorcc (Sociedade de Amigos e Moradores do Cerqueira César) também uniram forças em prol da implantação do parque.
A diversidade de atores envolvidos no acordo de R$ 1 bilhão
É notável a variedade de personagens que participaram do acordo que envolve um montante significativo de dinheiro. Desde a universidade até a Prefeitura de São Paulo, passando pela Promotoria de Justiça, todos contribuíram para que o pacto fosse selado. A luta pela instalação do Parque Municipal do Rio Bixiga uniu diferentes segmentos da sociedade civil em prol de um bem comum, marcando um importante capítulo na história da cidade.
Fonte: © Notícias ao Minuto