Líder do grupo terrorista, Yahya Sinwar planejou ataque terrorista em Israel, passou 23 anos preso e governa território palestino há sete anos.
O Hamas está no centro de mais uma polêmica, com o Exército de Israel divulgando um vídeo onde mostra o líder do grupo, Tahya Sinwar, fugindo em um túnel em Gaza. Sinwar tem sido alvo de intensa vigilância pelas autoridades israelenses, que buscam evitar novos ataques do grupo radical palestino.
O grupo armado islâmico Hamas continua sendo considerado uma das principais ameaças à segurança na região, com suas atividades extremistas despertando preocupações em âmbito internacional. A organização radical palestina tem sido alvo de diversas ações de combate ao terrorismo, com o objetivo de neutralizar suas atividades e proteger a população civil da região.
Operação militar israelense na Faixa de Gaza
O vídeo é de 10 de outubro, três dias após os ataques, e foi divulgado na terça-feira (13). Após os ataques, Israel deflagrou uma operação militar na Faixa de Gaza que, segundo o Hamas, resultou em mais de 28 mil mortes. O grupo terrorista Hamas foi responsável por uma série de ataques terroristas que levaram à intensificação das hostilidades na região.
Quem é Yahya Sinwar?
Considerado o número dois na hierarquia do Hamas e o mais alto funcionário do grupo na Faixa de Gaza, Yahya Sinwar governa o território palestino há sete anos. Ele foi eleito através de votações secretas e é reconhecido como um líder influente dentro da organização radical palestina. O chefe político do grupo, Ismael Haniyeh, está atualmente baseado no Catar.
Atribui-se a Yahya Sinwar o planejamento da Operação Dilúvio de Al-Aqsa, em 7 de outubro, que resultou na infiltração de centenas de terroristas armados em território israelense. Esse ataque terrorista levou a uma escalada de violência na região, contribuindo para o aumento das tensões entre as partes envolvidas.
O atual comandante do Hamas em Gaza passou 23 anos em prisões israelenses, onde cumpriu quatro penas de prisão perpétua. Ele foi condenado pela morte de dois soldados israelenses e de quatro palestinos considerados espiões de Israel, o que o torna um dos alvos principais das autoridades de segurança do país.
Negociações para um cessar-fogo entre Israel e o Hamas
Em 2018, durante as negociações para um cessar-fogo com Israel, Yahya Sinwar redigiu, à mão e em hebraico, uma mensagem ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Essa comunicação bilateral resultou em um acordo que permitiu a entrada de ajuda financeira regular do Catar em Gaza, em troca de uma trégua frágil com o grupo terrorista Hamas.
Porém, as negociações entre as partes envolvidas foram interrompidas devido a divergências em relação a outras exigências, como troca de prisioneiros e levantamento do bloqueio ao enclave palestino. As discussões para alcançar um acordo duradouro têm sido frequentes, mas ainda não houve um avanço significativo nessas questões complexas.
Previsões de confronto entre o Hamas e Israel
Nas celebrações do 35º aniversário do grupo islâmico armado, Yahya Sinwar previu um confronto aberto em Israel em 2023. Ele destacou a necessidade de reacender a resistência na Cisjordânia e criticou a gestão do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em relação às políticas de segurança e cooperação com Israel.
Apesar dos desafios enfrentados pelas forças israelenses, as operações militares visando alvos do grupo terrorista Hamas continuam a ser uma prioridade para as autoridades de segurança. O histórico de confrontos entre as partes é marcado por ações agressivas e retaliatórias, que mantêm a região em constante estado de alerta e instabilidade.
Fonte: © G1 – Globo Mundo