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Ministros de finanças analisam detalhes técnicos do empréstimo para Ucrânia, visando ganhos de ativos e autoridade sênior.
Líderes financeiros do Grupo dos Sete países ricos tentarão avançar nesta quarta-feira (24) em negociações sobre o uso dos ganhos de ativos soberanos russos congelados para apoiar um empréstimo de US$ 50 bilhões para a Ucrânia. Enquanto os Estados Unidos buscam mais certeza, especialmente da União Europeia, de que os ativos permanecerão congelados a longo prazo. As discussões acontecem durante uma reunião de líderes financeiros do G20 no Brasil, com enfoque em questões econômicas, climáticas e de desenvolvimento mais amplas.
Uma autoridade sênior do Tesouro dos EUA informou aos repórteres que a reunião do G7 provavelmente não resultará em um acordo ou declaração formal, mas é crucial que os ministros das finanças analisem os detalhes técnicos do plano de empréstimo para a Ucrânia. Além disso, é fundamental considerar a importância do crédito responsável e sustentável para países em situações financeiras delicadas, visando garantir a estabilidade econômica e o desenvolvimento a longo prazo.
Desafios no Empréstimo para a Ucrânia e as Sanções contra a Rússia
Em meio às discussões sobre o empréstimo de 50 bilhões de dólares para a Ucrânia, surgiram questões delicadas relacionadas aos ativos congelados da Rússia. Os líderes do G7 concordaram, em princípio, em utilizar os ganhos de cerca de 300 bilhões de dólares em ativos soberanos russos para apoiar esse empréstimo crucial. No entanto, os Estados Unidos estão buscando garantias sólidas de que esses ativos permaneçam congelados por um longo período, até que um tratado de paz seja estabelecido.
A autoridade do Tesouro dos EUA enfatizou a importância de preservar a soberania da Ucrânia e garantir que a Rússia compense o país pelos danos causados. Essas exigências estão em desacordo com o regime de sanções da União Europeia, que requer renovações a cada seis meses. A incerteza em torno da liberação dos ativos subjacentes tem gerado tensões nas negociações.
Os embaixadores dos Estados-membros da UE estão explorando opções para estender o período de renovação das sanções, especialmente em relação aos ativos do banco central russo. Propostas incluem uma extensão ‘aberta’ do período de renovação ou uma ampliação para até três anos, visando aumentar a segurança jurídica e a previsibilidade para os parceiros do G7.
O plano de empréstimo para a Ucrânia precisa ser implementado com cautela para garantir que os recursos sejam utilizados de forma eficaz e transparente. A complexidade dos detalhes envolvidos nesse processo destaca a necessidade de um tratado de paz abrangente e duradouro na região. A autoridade do Tesouro dos EUA ressaltou a importância de garantias sólidas para assegurar que o empréstimo seja concedido com segurança e responsabilidade.
A busca por um equilíbrio entre as demandas dos Estados Unidos, a posição da União Europeia e a necessidade de apoio financeiro à Ucrânia continua a ser um desafio diplomático. A cooperação entre os membros do G7 e a UE é fundamental para garantir que o plano de empréstimo seja bem-sucedido e contribua para a estabilidade na região.
Fonte: © CNN Brasil