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Literatura francesa ganhou destaque em cena com jovens flertando na biblioteca.
A cultura brasileira foi enaltecida no evento de inauguração dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro: nove obras que exploram o sentimento mais puro e intenso, o amor, foram apresentadas em uma performance emocionante protagonizada por artistas locais.
Em um cenário que exaltava a liberdade de expressão, a representação artística mesclou elementos de paixão e entrega, demonstrando a beleza e a complexidade das relações humanas. O público presente pôde se emocionar com a diversidade de narrativas que celebram o amor em suas mais diversas formas, reforçando a importância desse sentimento único em nossas vidas.
Explorando o amor através da literatura francesa
Veja a lista dos livros e clique para ir até a explicação de cada um:
‘Romance sem Palavras’, de Paul Verlaine
Na trama de ‘Romance sem Palavras’, Paul Verlaine retrata a complexidade do amor em meio a fugas e abandono. O autor, importante representante do Simbolismo na literatura francesa, mergulha na busca pelo silêncio após um relacionamento marcado por traições e fidelidade. Uma curiosidade intrigante é o episódio em que Verlaine tentou atentar contra a vida de Rimbaud, seu amante, em um ato desesperado de paixão.
‘Com o amor não se brinca’, de Alfred de Musset
Alfred de Musset, renomado poeta e dramaturgo do século XIX, nos presenteia com uma obra que explora os desencontros amorosos, orgulho e ciúmes. A peça clássica do teatro francês narra a história de Percidan e sua prima Camille, abordando temas profundos sobre o verdadeiro significado do amor e da lealdade. Curiosamente, o autor, apesar de iniciar estudos em direito e medicina, nunca concluiu nenhuma das áreas.
‘Paixão Simples’, de Annie Ernaux
Annie Ernaux, aclamada escritora francesa, nos brinda com um romance que mergulha nas questões de classe e gênero, baseado em suas experiências pessoais. ‘Paixão Simples’ é uma obra que reflete a simplicidade e complexidade das relações amorosas, destacando a importância de vivenciar o amor em sua forma mais pura e verdadeira.
‘Caro Amigo’, de Guy de Maupassant
Guy de Maupassant, renomado autor francês, nos transporta para um universo de amizade e amor em sua obra ‘Caro Amigo’. Através de personagens cativantes, Maupassant explora as nuances dos relacionamentos interpessoais, revelando como o afeto e a lealdade são pilares essenciais para a construção de laços verdadeiros.
‘Sexo e mentiras’, de Leïla Slimani
Leïla Slimani, autora contemporânea, nos confronta com uma narrativa provocativa em ‘Sexo e mentiras’. Através de personagens complexos e situações intensas, Slimani aborda temas tabus sobre a sexualidade e a verdade nas relações humanas, questionando os limites entre o desejo e a moralidade.
‘O diabo no corpo’, de Raymond Radiguet
Raymond Radiguet nos envolve em um turbilhão de emoções em ‘O diabo no corpo’, explorando os conflitos entre amor e moralidade. A obra, marcada por uma narrativa intensa e provocativa, mergulha nas profundezas da paixão e do desejo, revelando as complexidades das relações humanas em meio a um contexto conturbado.
‘As Relações Perigosas’, de Choderlos de Laclos
Choderlos de Laclos nos presenteia com um clássico atemporal em ‘As Relações Perigosas’, uma obra que escancara as intrigas e jogos de poder no universo amoroso da aristocracia francesa. Através de personagens astutos e tramas elaboradas, Laclos nos conduz por um labirinto de sedução e manipulação, onde o amor se revela como uma arma afiada nas mãos dos mais ardilosos.
‘Os Amantes Magníficos’, de Molière
Molière nos brinda com uma comédia envolvente em ‘Os Amantes Magníficos’, onde o amor se entrelaça com a ironia e o humor característicos de suas obras. Através de personagens excêntricos e situações hilárias, Molière nos convida a refletir sobre as nuances do amor e da paixão, revelando como o destino pode pregar peças surpreendentes nos corações apaixonados.
‘Triunfo do amor’, de Marivaux
Marivaux nos transporta para um universo de encantamento e sedução em ‘Triunfo do amor’, uma obra que celebra as artimanhas do coração. Com diálogos afiados e reviravoltas emocionantes, Marivaux nos conduz por uma trama repleta de surpresas e revelações, onde o amor triunfa sobre todas as barreiras e convenções sociais.
Cena de flerte na abertura A cerimônia de abertura dos jogos foi realizada pela primeira vez fora de um estádio. Em Paris, a apresentação de delegações e da cidade que recebe as competições foi baseada em uma transmissão que misturou cenas gravadas contando uma história e a transmissão de performances e desfiles que passaram por cartões-postais da cidade. Dê um rolê pelos cartões-postais de Paris na cerimônia de abertura das Olimpíadas Clássicos da literatura francesa serviram de base para o ‘capítulo’ da abertura dedicado ao tema ‘liberdade’. Ideais como igualdade e fraternidade, entre outros, também foram abordados no show. Na cena que integrou o bloco ‘liberdade’, três jovens flertam em uma biblioteca e a sequência termina sugerindo um encontro amoroso envolvendo o trio. Durante o flerte, os jovens estão lendo ou mostram livros com temática amorosa. Veja abaixo quais são, segundo a ordem em que aparecem na transmissão: 1 – ‘Romance sem Palavras’, de Paul Verlaine Quem é o autor: Paul Verlaine foi um escritor e poeta francês da segunda metade do século XIX. É considerado um importante representante do Simbolismo na literatura francesa. Sinopse: O livro nasceu do romance vivido entre o autor Paul Verlaine e o poeta francês Arthur Rimbaud. A obra é definida com uma busca pelo silêncio após uma relação marcada por fugas, entrega a abandono. Enredo também trata sobre fidelidade e traição. Curiosidade: Verlaine tentou matar Rimbaud com um tiro em 1873. Paul não conseguia suportar a perda do amor de seu companheiro e, em um ato de desespero, disparou contra Rimbaud. Voltar ao início 2 – ‘Com o amor não se brinca’, de Alfred de Musset Quem é o autor: Alfred de Musset foi um poeta e dramaturgo francês do século XIX. Foi um dos expoentes do Romantismo francês, tendo uma contribuição fundamental para o teatro romântico do século XIX. Sinopse: A obra, considerada uma das grandes peças clássicas do teatro francês, conta a história do jovem Percidan. A peça narra o retorno dele e de sua prima e irmã de criação, Camille, ao castelo do pai, que pretende casá-los. A obra aborda temas como orgulho, ciúme e desencontros amorosos. Curiosidade: O autor estudou direito e medicina, não tendo concluído nenhum dos dois. A partir de 1828, com 18 anos, passou a frequentar casas de autores românticos como Victor Hugo e Charles Nodier. Voltar ao início 3 – ‘Paixão Simples’, de Annie Ernaux Quem é o autora: Annie Ernaux, escritora francesa de 83 anos, é conhecida por seus romances sobre classe e gênero baseados em sua experiência pessoal. Escreve principalmente romances e
Fonte: © G1 – Globo Mundo