A terceira onda de calor no Brasil está ligada à umidade e à formação de bloqueios atmosféricos.
As ondas de calor são fenômenos climáticos que ocorrem quando a temperatura atinge níveis muito elevados, causando desconforto e impactos na saúde das pessoas. Durante as ondas de calor, é importante manter-se hidratado, buscar ambientes com ar condicionado e evitar atividades físicas intensas nos momentos mais quentes do dia. Além disso, os alertas de ondas de calor emitidos pelos órgãos competentes devem ser levados a sério, a fim de evitar problemas mais graves decorrentes do calor excessivo.
Em algumas regiões, as ondas de calor extremas podem trazer consequências ainda mais severas, levando ao surgimento de incêndios florestais e colocando em risco a vida de animais e comunidades locais. O calor intenso nessas situações exige medidas de precaução redobradas, como o uso de equipamentos de proteção individual e o planejamento de rotas de fuga em caso de emergência. Portanto, diante de ondas de calor extremas, é fundamental estar preparado e agir com responsabilidade para evitar maiores danos e preservar a segurança de todos.
.
Ondas de calor extremas: um fenômeno cada vez mais frequente
Nesta semana, foi registrada mais uma marcante onda de calor no Brasil, com previsão de intensificação em algumas regiões nos próximos dias. De acordo com o Inmet, atualmente 24 estados e o Distrito Federal estão em alerta devido a perigos envolvendo ondas de calor ou chuvas intensas. Já estamos no terceiro episódio de onda de calor somente em 2024.
Calor intenso e suas causas atmosféricas
Uma onda de calor ocorre quando as temperaturas ultrapassam em pelo menos cinco graus a média esperada, por um período superior a cinco dias consecutivos. A relação entre temperatura e umidade é essencial nesse fenômeno climático. A porta-voz da Climatempo, Maria Clara Sassaki, explica que a umidade do ar pode diminuir a temperatura, enquanto a falta de umidade contribui para o aumento do calor.
Forma de bloqueios atmosféricos e suas consequências
Um bloqueio atmosférico é um padrão de ventos que impede a movimentação de frentes frias, favorecendo a entrada de ar seco que aumenta a temperatura. Esse padrão é mais comum nos meses de inverno, mas também pode ocorrer no verão. O atual centro de alta pressão sobre o Sul do Brasil se deslocará em direção ao Sudeste, prolongando a onda de calor até o final do verão, em 20 de março.
Em contraste, as Frentes frias transportam umidade, porém, durante um bloqueio atmosférico a umidade não consegue atingir o continente, resultando em ar seco e calor intenso. Essas condições são agravadas pela presença do El Niño, fenômeno que aquece as temperaturas da superfície do oceano Pacífico. Maria Clara destaca ainda que as mudanças climáticas têm impacto nas ondas de calor, que têm ocorrido com maior frequência e temperaturas mais elevadas nos últimos anos.
Impactos das ondas de calor e o papel das mudanças climáticas
As ondas de calor têm sido mais frequentes e intensas, com recordes históricos de temperatura atingidos recentemente. Maria Clara ressalta que esses eventos extremos não estão limitados apenas ao verão, podendo ocorrer também no inverno e primavera. A umidade presente na primavera ajuda a controlar as temperaturas, mas em condições de ar seco, as ondas de calor se tornam mais intensas e duradouras.
A observação da média climatológica revela a presença de temperaturas mais elevadas na primavera do que no verão, devido ao posicionamento do ar seco no Centro-Oeste do Brasil nessa estação. O verão, apesar da maior radiação solar, é amenizado pela presença de umidade e frentes frias. No entanto, em períodos de ar seco, como as ondas de calor, as temperaturas extremas se tornam mais frequentes e preocupantes para a saúde e o ambiente.
Fonte: © CNN Brasil