Políticas inflacionárias do presidente americano fortaleceram o dólar, pressionando o ouro e mantendo o câmbio-dolar baixo, além de aumentar tarifas-comerciais e pressionar os rendimentos-títulos. Isso impactou negativamente a dívida-EUA, levando os Bancos-Centrais a adotarem medidas de controle.
A semana de negociação de ouro foi marcada por uma reversão significativa, com os mercados fechando em queda após uma alta inicial. A pressão do dólar, que voltou a mostrar força na tarde da sexta-feira, foi um fator importante nessa reversão.
A alta inicial da semana, liderada por ativos de ouro, parecia garantir um fim de semana positivo. No entanto, a partir da tarde da sexta-feira, o mercado começou a perder força, e os preços de ouro começaram a recuar. A volatilidade no mercado de câmbio, especialmente com o dólar, foi um fator determinante na reversão da tendência. O futuro do ouro sofreu com essa reversão, perdendo valor ao longo do dia.
Ouro: Um Mercado em Máxima Voltas
O câmbio-dolar subiu significativamente após o Financial Times noticiar o convite de Donald Trump para Robert Lighthizer como representante do comércio dos EUA. Este último é um defensor de tarifas comerciais, o que pode ter implicações inflacionárias. No fechamento, o contrato futuro de ouro para entrega em dezembro sofreu uma perda de 0,40%, chegando a US$ 2.694,8 por onça-troy. Na semana, o mercado do ouro registrou uma perda de 2%. O preço do ouro recuou de forma drástica após um aumento simultâneo no valor do dólar americano e nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano, reflexo da eleição do ex-presidente republicano. No entanto, o ouro pode se beneficiar de duas tendências: a deterioração contínua da situação da dívida dos EUA e a aquisição de mais reservas de ouro por parte dos bancos centrais, potencialmente impulsionadas por tarifas que aumentam a inflação no país.
Fonte: @ Valor Invest Globo